por Carlos Chagas

Nós a desatar

Dilma  Rousseff  assumiu  com diversos nós a desatar. O primeiro deles, gerado pela  realização da  Copa de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016,  redundou, em  seu primeiro dia  de governo,  na decisão de privatizar os novos terminais dos aeroportos de São Paulo, Campinas, Rio e   provavelmente Brasília. Da mesma forma, a presidente da República optou pela  abertura de capital na Infraero.

Por conta disso deve-se inferir  ter sido escancarada a porteira das privatizações? Açodados acham que sim. Imaginam  haver entrado no palácio do Planalto a sombra de Fernando Henrique. Por tudo o que se sabe da trajetória de Dilma, trata-se de ledo engano. No caso dos aeroportos, não havia outra saída.  Aproxima-se a  realização, no Brasil,   dos dois maiores  espetáculos esportivos do planeta. Os cofres públicos sofreriam se viessem a arcar com os imprescindíveis  investimentos.  Mas será sonho de noite de verão  supor o pré-sal entregue totalmente à iniciativa privada,  como querem os neoliberais. Da mesma forma o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás continuarão sob controle estatal. A energia, também. Não haverá desmonte da Previdência Social pública.

Importa saber que soluções a nova chefe do governo dará para a recuperação do SUS, para o combate ao analfabetismo, a importância do aprimoramento do ensino público, a melhoria do aparelho de segurança pública, a reforma agrária  e outros nós, alguns  exigindo a espada de Alexandre para desatá-los.



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