Nós a desatar
Dilma Rousseff assumiu com diversos nós a desatar. O primeiro deles, gerado pela realização da Copa de Futebol de 2014 e das Olimpíadas de 2016, redundou, em seu primeiro dia de governo, na decisão de privatizar os novos terminais dos aeroportos de São Paulo, Campinas, Rio e provavelmente Brasília. Da mesma forma, a presidente da República optou pela abertura de capital na Infraero.
Por conta disso deve-se inferir ter sido escancarada a porteira das privatizações? Açodados acham que sim. Imaginam haver entrado no palácio do Planalto a sombra de Fernando Henrique. Por tudo o que se sabe da trajetória de Dilma, trata-se de ledo engano. No caso dos aeroportos, não havia outra saída. Aproxima-se a realização, no Brasil, dos dois maiores espetáculos esportivos do planeta. Os cofres públicos sofreriam se viessem a arcar com os imprescindíveis investimentos. Mas será sonho de noite de verão supor o pré-sal entregue totalmente à iniciativa privada, como querem os neoliberais. Da mesma forma o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e a Petrobrás continuarão sob controle estatal. A energia, também. Não haverá desmonte da Previdência Social pública.
Importa saber que soluções a nova chefe do governo dará para a recuperação do SUS, para o combate ao analfabetismo, a importância do aprimoramento do ensino público, a melhoria do aparelho de segurança pública, a reforma agrária e outros nós, alguns exigindo a espada de Alexandre para desatá-los.
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