Vai dar certo?

PMDB serviu para eleger. Servirá para governar?...

Completado o primeiro mês de governo de Dilma Rousseff e evidenciada a diferença de estilo entre a presidente e seu antecessor, a pergunta que se abre é se vai  dar certo. Vai?

Depende. As oposições, do PSDB ao DEM, não estão nem aí para exercer seu papel. Preferem dedicar-se a disputas internas, muito  mais acirradas do que as não travadas com o governo. O máximo a que chegaram ficou por conta do ex-presidente Fernando Henrique, ao acentuar dificuldades em entender os raciocínios de Dilma.

O obstáculo que a nova presidente precisará superar emerge de sua própria base política. Chama-se fisiologismo. PT e PMDB travam guerra nem tão surda assim pela ocupação do poder. Os companheiros celebraram a queda dos adversários, de seis ministérios no governo Lula para três, no atual. E  menos importantes que os anteriores, em termos de verbas orçamentárias. A corrida chegou a tal ponto de insensatez em busca de cargos no segundo escalão que Dilma precisou interrompe-la, adiando as nomeações para fevereiro. Mas fevereiro está aí, com o início dos trabalhos do Congresso. Caso o PMDB se sinta desalojado e desprestigiado, será inevitável que dê o troco. Nesse ponto  repousam  o sucesso ou o  malogro político do governo. Projetos de interesse do palácio do Planalto começarão a ser examinados, começando pelo novo salário mínimo. Uma derrota inicial poderá desandar a base parlamentar. Só que para evita-la será necessário ceder e nomear peemedebistas aos montes, a maioria dos quais sem as pretendidas qualificações técnicas. Para eleger-se, a presidente precisou do apoio do PMDB. E para governar, prescindirá do partido?



Nenhum comentário:

Postar um comentário