O próprio presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, apoiou a revolta popular no Egito e agora reprime a oposição em seu país! Nesta 2ª feira (ontem) milhares de iranianos saíram às ruas da capital, Teerã, e da cidade de Isfahan, para comemorar a vitória do povo egípcio e a derrubada da ditadura de 30 anos do general Hosni Mubarak.
Resultado: muita repressão, violência e dois mortos. Porque agora Ahmadinejad não autoriza mais manifestações, prende oposicionistas, censura a Internet e usa de milícias paramilitares para reprimir os manifestantes. Ou seja, iguala-se a seu homólogo ditador Hosni Mubarak.
No Egito volta-se a viver dias de esperança. O Comando Militar que assumiu o país e passou a governar por decreto, recebeu um comitê formado por sete representantes da rebelião popular que derrubou a ditadura, e prometeu concluir em 10 dias mudanças constitucionais que serão submetidas a referendo popular dentro de dois meses.
Por que não convocam eleições para um novo Congresso ou uma assembléia constituinte? A questão agora, então, é quem fará as mudanças e em que direção.
Além de democratizar o país - maior exigência da população rebelada por 18 dias até derrubar o regime - as forças que derrotaram a oligarquia Mubarack conseguirão mudar o país, sua estrutura de poder, sua economia e sociedade, ou tudo continuará como antes, só que agora sem Mubarack?
Zé Dirceu
Zé Dirceu
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