O presidente executivo do Google, Eric Schmidt, apresentou hoje um serviço (chamado One Pass), que pretende facilitar a empresas de conteúdo digital a venda de assinaturas, tanto na Web, como através de aplicações para telemóveis e tablets.
O One Pass surge apenas um dia depois de a Apple ter apresentado um serviço semelhante para subscrições através de aplicações para iPhone, iPad e iPod Touch. Mas o modelo de partilha de receitas definido pela Apple, a par de várias limitações impostas, deixou algumas empresas relutantes e pelo menos uma (um serviço de música online) anunciou já a intenção de abandonar a loja de aplicações.
A empresa liderada por Steve Jobs decidiu ficar com 30 por cento das receitas geradas pelas vendas através do seu sistema (o mesmo rácio usado na venda de aplicações), o que faz com que algumas empresas vejam muito estreitadas as suas margens de lucro. O Google fica apenas com dez por cento.
Por outro lado, a Apple fica também com a informação do utilizador, só a partilhando com a empresa que disponibiliza o conteúdo se o assinante assim o definir.
E o sistema da Apple obriga a que as compras sejam obrigatoriamente feitas dentro da aplicação, acabando a possibilidade de ser criado um link para que a compra fosse feita na Web. Uma das aplicações afectadas é o Kindle, da Amazon.
O Kindle para iPhone e iPad fazia com que os clientes fossem direccionados para o site da Amazon para fazerem a compra do livro electrónico, que depois podia ser lido na aplicação. Agora, a empresa terá de oferecer a possibilidade de compra dentro da aplicação – ficando assim obrigada à partilha de receitas com a Apple (a aplicação do Kindle não funciona num modelo de subscrição, mas sim de compras únicas – mas as regras também são aplicáveis).
Já o sistema do Google está mais voltado para modelos de pagamentos em sites, embora também contemple aplicações móveis.
O One Pass é dirigido a conteúdos de sites de informação. Em 2009, a empresa já tinha dito que pretendia avançar com um sistema de pagamentos online que tornasse mais simples para os sites de jornais ou revistas criarem modelos de venda de conteúdos, sem terem a complexa tarefa de implementar os seus próprios mecanismos.
O One Pass oferece mais flexibilidade do que o sistema da Apple, ao permitir optar por sistemas de assinatura, por um modelo misto (em que alguns conteúdos são pagos e outros gratuitos) ou por micro-pagamentos, para a compra de conteúdos isolados (como um único artigo, por exemplo). Permite ainda recorrer a sistemas de descontos (por exemplo, para quem já seja assinante das edições impressas).
O sistema permite ao comprador usar os mesmos dados de autenticação para fazer compras nos dois tipos de plataformas (Web e aplicações móveis) e o Google partilha a informação dos clientes com as empresas, a não ser que os utilizadores especificamente determinem o contrário (estes são dados preciosos, por exemplo, para a venda de anúncios publicitários).
Por ora, o sistema do Google está disponível apenas no Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e EUA.
O One Pass surge apenas um dia depois de a Apple ter apresentado um serviço semelhante para subscrições através de aplicações para iPhone, iPad e iPod Touch. Mas o modelo de partilha de receitas definido pela Apple, a par de várias limitações impostas, deixou algumas empresas relutantes e pelo menos uma (um serviço de música online) anunciou já a intenção de abandonar a loja de aplicações.
A empresa liderada por Steve Jobs decidiu ficar com 30 por cento das receitas geradas pelas vendas através do seu sistema (o mesmo rácio usado na venda de aplicações), o que faz com que algumas empresas vejam muito estreitadas as suas margens de lucro. O Google fica apenas com dez por cento.
Por outro lado, a Apple fica também com a informação do utilizador, só a partilhando com a empresa que disponibiliza o conteúdo se o assinante assim o definir.
E o sistema da Apple obriga a que as compras sejam obrigatoriamente feitas dentro da aplicação, acabando a possibilidade de ser criado um link para que a compra fosse feita na Web. Uma das aplicações afectadas é o Kindle, da Amazon.
O Kindle para iPhone e iPad fazia com que os clientes fossem direccionados para o site da Amazon para fazerem a compra do livro electrónico, que depois podia ser lido na aplicação. Agora, a empresa terá de oferecer a possibilidade de compra dentro da aplicação – ficando assim obrigada à partilha de receitas com a Apple (a aplicação do Kindle não funciona num modelo de subscrição, mas sim de compras únicas – mas as regras também são aplicáveis).
Já o sistema do Google está mais voltado para modelos de pagamentos em sites, embora também contemple aplicações móveis.
O One Pass é dirigido a conteúdos de sites de informação. Em 2009, a empresa já tinha dito que pretendia avançar com um sistema de pagamentos online que tornasse mais simples para os sites de jornais ou revistas criarem modelos de venda de conteúdos, sem terem a complexa tarefa de implementar os seus próprios mecanismos.
O One Pass oferece mais flexibilidade do que o sistema da Apple, ao permitir optar por sistemas de assinatura, por um modelo misto (em que alguns conteúdos são pagos e outros gratuitos) ou por micro-pagamentos, para a compra de conteúdos isolados (como um único artigo, por exemplo). Permite ainda recorrer a sistemas de descontos (por exemplo, para quem já seja assinante das edições impressas).
O sistema permite ao comprador usar os mesmos dados de autenticação para fazer compras nos dois tipos de plataformas (Web e aplicações móveis) e o Google partilha a informação dos clientes com as empresas, a não ser que os utilizadores especificamente determinem o contrário (estes são dados preciosos, por exemplo, para a venda de anúncios publicitários).
Por ora, o sistema do Google está disponível apenas no Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha, Reino Unido e EUA.
Já a Apple beneficia do facto de a loja de aplicações e de música ser usada em praticamente todo o mundo e ser um sistema de pagamentos com que largos milhares de utilizadores estão já muito familiarizados. O iPad é também o tablet que mais tem entusiasmado as empresas de media.
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