por Carlos Chagas

...Investigar antes de nomear

 É conhecida a história dos três operários que quebravam pedras e foram indagados sobre o que faziam. O primeiro foi racional: "estou quebrando pedras". O segundo respondeu que "ganhava o pão com o suor do seu rosto".  Já o  terceiro sublimou: "estou construindo uma catedral".

PMDB e PT deveriam pensar a respeito, nessa virulenta disputa  por cargos no segundo escalão do governo. A maioria de seus integrantes responderá estar cuidando de seus interesses políticos. Outros dirão que colaboram para o sucesso do respectivo partido.  Só uns poucos dirão estar trabalhando para o desenvolvimento nacional.

Porque indicar dirigentes de empresas estatais não exprime necessariamente a voracidade de os líderes dos partidos dominarem setores capazes de manipular centenas  de bilhões de reais. Certamente a  maioria dos companheiros e dos peemedebistas pensa e age assim, mas por que não admitir que também trabalhem pelo crescimento de suas legendas? Ou, na terceira hipótese, que as indicações se  fazem  tendo em vista o melhor para o país, ou seja, pretendem ver nomeados competentes diretores em condições de realizar  excelente desempenho nos diversos setores.

O problema está na raridade com que se encontram construtores de catedrais. Quase não existem. Os contendores visualizam, mesmo, vantagens pessoais e de grupos. A aplicação de tantos  bilhões em obras públicas e serviços favorecerá não só as felizes empreiteiras mas, com certeza, também seus padrinhos. É isso que a presidente Dilma Rousseff deveria investigar, antes de nomear. Caso contrário, verá erigidas modestas capelinhas em vez de uma catedral...

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