por Cesar Maia

A frágil "base aliada"do governo!

Ex-Blog do Cesar Maia


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A FRÁGIL "BASE ALIADA" DO GOVERNO!

1. Depois do "mensalão de 2005", a esquerda do PT voltou para a "clandestinidade" e o governo avançou em marcha batida para o centro. O sindicalismo chapa branca assumiu os fundos de pensão, a esquerda do PT hasteou sua bandeira junto ao chavismo latino-americano, o PT assumiu a Petrobrás, e o governo petista a política econômica. Aliás, setores que os partidos à direita, associados, nunca antes tiveram acesso. Portanto, não há -nestes espaços- conflitos.

2. Mas depois desses primeiros meses de ocupação de espaços, a rotina política recomeça. A maior parte da base aliada sempre esteve e está longe da esquerda, seja pela direita, seja pela tradicional clientela. Agora é hora de tratar e de votar questões que inevitavelmente mostrarão um quadro de votação repartido, onde o PT será minoria e a esquerda tradicional ainda mais.

3. Vai entrar em pauta a reforma eleitoral, onde a "base aliada" vai afiar as unhas e não deixar votar. Vai se votar o código florestal e outra vez a "base aliada" vai se dividir. Vêm aí os vetos que, derrubados pela maioria do Congresso, irão ser litigiados no STF. O que fazer com a regulamentação da emenda 29, recursos para a saúde? E por aí vai.

4. A base é aliada para dividir cargos e benesses, mas não é aliada, do ponto de vista político, para tratar de questões específicas, com visões distintas e até antagônicas ao PT. Com isso, essa imensa maioria governista será a garantia de imobilismo. Nada de relevante ocorrerá no Congresso, pois a verdade dos números dá às teses do PT, quem sabe, 25% do Congresso.

5. A oposição -nesse sentido- é parte constituinte do governo. É muito maior do que quando se contabiliza, ingenuamente, pelas bancadas dos partidos que apoiaram a eleição de Dilma ou não.

6. No governo Lula, a rolagem da política econômica anterior e a intensificação do programa bolsa família apareceram como mudanças. Não eram. Agora, isso tudo é rolagem do passado. E, em breve, o governo Dilma estará envelhecido, antes mesmo de completar um ano.

7. E como não há bobo no núcleo duro do governo, eles já sabem disso. E vão tentar vestir "de novo", através da propaganda, o velho. Para alegria das agências de publicidade e dos meios de comunicação, que, aliás, não têm culpa de nada disso.

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VILA DO PAN! CONSTRUTORA MUDOU TUDO!
        
1. (Globo, 02) "A proposta original da prefeitura era que os prédios fossem construídos no terreno que agora será a Vila Olímpica. O projeto encaminhado pelo ex-prefeito Cesar Maia foi alterado pela Câmara dos Vereadores, que decidiu pela área na Ayrton Senna".
        
2. (Ex-Blog, 02) Realmente. A Agenco foi à Câmara de Vereadores convencer que o melhor lugar era na Av. Ayrton Senna, apesar da prefeitura ter informado que era um terreno turfoso. A Agenco conseguiu que o aumento previsto de gabarito como compensação pelo aluguel dos apartamentos durante o PAN fosse também para a área ao lado, que nada tinha a ver com o PAN. Surpreendentemente, a Agenco conseguiu que o governo federal alugasse os imóveis, pelo período do PAN, por 25 milhões de reais. Com isso, a Agenco passou a ter, além dos 200 milhões de reais de empréstimo da CEF, esses 25 milhões do governo federal e o correspondente ao aumento do gabarito em 3 andares, para 13 andares, em todo seu terreno, estimado em pelo menos 250 milhões de reais. E, assim mesmo, não fez as obras de fundações em área turfosa, como a prefeitura fez ali ao lado, no viaduto Pedro Ernesto, em parceria com empresários da área.

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ELES NÃO PAGAM MULTAS, NEM ALUGUEL DE REBOQUE, NEM DÃO PROPINA!

(Veja-Rio, 30) 1. No Leblon grupos de mendigos ocupam ruas e praças, consomem drogas e provocam confusão em um dos bairros mais nobres do Rio. Área nobre da cidade, o Leblon tem um dos metros quadrados mais caros do país. Nas ruas sombreadas pelas amendoeiras, prédios de apartamentos de alto padrão, restaurantes estrelados, botecos, livrarias e lojas de grife dividem harmoniosamente as calçadas. Manter esse reduto em ordem requer olhar atento das autoridades e rapidez na resolução de eventuais transtornos.

2. Não é exatamente isso que os habitantes e comerciantes da área têm testemunhado ultimamente. Do ano passado para cá, a população de rua do bairro aumentou dramaticamente. A associação de moradores estima que o número seja 50% maior em comparação a 2010 — procurada, a prefeitura afirmou não ter dados estatísticos a esse respeito.

3. Qualquer visitante mais atento repara que a situação, de fato, é bem ruim. Sozinhos ou em bandos, mendigos ocupam praças e canteiros ou se refugiam nas entradas de bares, farmácias e bancos. Entre eles, chamam atenção os dependentes químicos, que consomem drogas sem ser incomodados e protagonizam brigas escandalosas durante a madrugada. "Não estamos mais lidando com o pedinte comum, mas com pessoas transtornadas que intimidam os moradores", diz a relações-públicas Marcia Drumond, que vive ali há quarenta anos.

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PROMESSA DE DILMA NA CHINA É PELO MENOS US$ 6 BILHÕES MENOR!

(Elio Gaspari - Folha SP/Globo, 01) No dia 11, durante a viagem de Dilma Rousseff à China, ele soltou a informação de que o bilionário chinês Terry Gou, dono da Foxconn, apresentara um projeto de investimento de US$ 12 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos para fabricar equipamentos eletrônicos. Quem conhece o mercado, suas mumunhas e suas cifras, duvidou do número, mas o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, disse que isso era coisa de quem ignorava a grandeza do projeto. Treze dias depois do anúncio festivo, a repórter Cláudia Trevisan informou, de Pequim, que, dos US$ 12 bilhões, a Foxconn poderia desembolsar entre US$ 4,8 bilhões e US$ 6 bilhões. O restante viria de capitais brasileiros e do velho e bom BNDES.

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DADOS SOCIAIS DO CENSO DE 2010!

1) 60,7% da população vivem em domicílios com renda familiar per capita de até um salário mínimo. 15% da população vivem em domicílios com renda familiar per capita de 25% do salário mínimo. 4,3% dos domicílios não têm rendimento nenhum.

2) Em 2000, os domicílios com ligação à rede de esgoto eram 47,2% do total. Em 2010 eram 55,4% do total. Isso significa que 25,5 milhões de domicílios no Brasil não têm ligação à rede de esgoto.










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