Saúde

[...] o amor integra e harmoniza

Há dias em que nos sentimos tão bem e felizes, sem imaginarmos porque estamos rindo à toa. Não é tão comum, já que o mau humor impera ao nosso redor e quase todos nós temos que desviar o tempo todo de agressões que nos afetam e causam desequilíbrios.

É fato que nossa saúde esteja sempre por um fio. Excesso de preocupação, tristeza, medo, ansiedade, pensamento obsessivo, raiva e até alegria extrema (usada para escape)são tidas como emoções negativas que impedem o livre fluxo de nossa energia vital. Em decorrência disso, o sutil e dinâmico equilíbrio dos órgãos vitais é perdido, trazendo uma série de mazelas e dores.

Sinal e alerta
O dia mal chega ao fim e já nos sentimos exaustos. A designer gráfica Juliana Freitas há cerca de um ano sentia falta de energia até para as atividades cotidianas, além de dificuldade de pegar no sono. Estes eram apenas alguns dos sintomas que seu corpo sinalizava até a família pedir para que ela procurasse ajuda.

Optou, então, pelas terapias complementares. "Já na primeira sessão pude sentir a diferença. Saí leve, como se a energia estivesse voltando aos poucos. No dia seguinte, consegui voltar ao esporte", comenta.

Hoje, com seis meses de terapia, diz se sentir renovada. Sempre que percebe algo, recorre à sessões que integram reflexologia, radiestesia, shiatsu, pedras quentes, cristais, massagem biodinâmica e craniossacral, algumas das técnicas aplicadas há duas décadas pela fisioterapeuta Rosa de Lourdes Vasconcelos.

Conhecida por suas mãos preciosas, capazes de tirar muita gente de dores sérias, Rosa de Lourdes diz que se interessou pelas terapias complementares na faculdade, quando o preconceito ainda era grande. Poucas pessoas conheciam e os cursos eram escassos, ministrados por professores de fora do Estado.

Conforme sua percepção, a doença é uma convocação para despertarmos para a mudança de que precisamos. Quando fazemos essa descoberta, tomamos consciência do próprio corpo.

Para ela, a massagem é um ato de puro amor. "Você trabalha o corpo do outro para livrá-lo das dores". Estas, para a terapeuta, acabam sendo um caminho para a transformação da qual desejamos mas tememos, e nossos ancestrais tanto aguardam.

Rosa de Lourdes explica que Juliana Freitas precisava cuidar de sua dimensão espiritual. Seu corpo estava em desequilíbrio, se sentia fraca por sua energia vital estar se esvaindo. Os centros de força (canais de energia ou chacras) estavam bloqueados e sua aura muito fina. "Ela precisava de apoio externo para conseguir mudar", sinalizou.

As terapias complementares e práticas integrativas, antes denominadas de alternativas, são técnicas diversas, algumas antigas, outras adaptações mais recentes, incluindo as milenares como Yoga (Índia), o Reiki e Shiatsu (Japão) e os recursos da Medicina Tradicional Chinesa. E vêm sendo empregadas em várias partes do mundo, denominadas de medicina doce, pelo bem-estar retornar de forma suave.

A grande procura no Ocidente não é recente, pós os anos 60 do século passado, na crista do movimento de contracultura, quando os hippies surfavam na onda da natureza em repúdio a tudo o que fosse industrializado. O rótulo foi associado a um estilo de vida mais integral, deixando um lastro de preconceito.

Até mesmo práticas eficazes como as da MTC (dietética, fitoterapia, moxabustão, auriculoterapia e a acupuntura), desde 2006 já integradas ao Sistema Único de Saúde (SUS) por médicos e outros profissionais de saúde, foram por muito tempo rechaçadas e excluídas dos tratamentos tidos sérios e ortodoxos. Que o diga o especialista mineiro Flávio Bombonato, que segue este caminho há 35 anos. Conta que aprendeu shiatsu e acupuntura diretamente com seu mestre zen budista, Ryotan Tokuda. Há 18 anos residindo em Fortaleza, Bombonato foi um dos pioneiros a difundir a prática chinesa aqui, seja com seus clientes seja entre os próprios profissionais. E os prepara desde 2000, com o curso de Terapias Tradicionais Chinesas (a próxima turma está sendo iniciada agora, com duração de dois anos e três meses, dois finais de semana por mês). O curso é certificado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE), parceira do Instituto Acus Natus, o qual dirige com sua esposa, enfermeira e acupunturista, Sheila.

Na concepção da MTC, fundamentada n o princípio Taoista do equilíbrio dinâmico entre yin e yang, esclarece o casal de especialistas, há duas leis que regem o movimento (entre os cinco elementos): a lei de geração e a lei de dominância. No circuito do pentagrama, cada elemento gera o outro e mantém o equilíbrio sobre aquele que domina.

As doenças, na realidade, na perspectiva da MTC, são simplesmente indicativas do desequilíbrio energético, seja por excesso, seja por falta de energia. A MTC tem a perspectiva global do organismo humano, em sua inteireza. Os recursos desta abordagem visam tirar os bloqueios na dimensão energética para o sistema, voltar ao equilíbrio.

O casal de senseis em Reiki, Raquel e Leo Sá Brito utiliza essa técnica há quinze anos. O Reiki tem as mãos como veículos para a canalização de energia e do amor universal, que promove equilíbrio, autoestima, auto-confiança e harmonia.

Medicina Tradicional Chinesa ( MTC)
Acupuntura: consiste na aplicação de agulhas, em pontos definidos do corpo ("acupontos");

Dietética: os chineses têm uma crença tradicional no valor medicinal dos alimentos, ou seja, que alimentos e remédios têm a mesma origem;

Moxabustão: é uma espécie de acupuntura térmica. No lugar de agulhas, usa-se o calor produzido pela combustão de uma erva medicinal;

Shiatsu: utiliza a pressão dos dedos nos meridianos, os quais indicam pontos de todos os órgãos internos;

Tai Chi Chuan: ginástica marcial realizada com a mente concentrada no ritmo contínuo do corpo;

Chi Kung : respiração e movimento. Cultiva o Chi ou Qi (energia vital), aumenta a força, melhora a saúde;

Ventosaterapia: consiste na colocação de campânulas ou copos redondos de vidro sobre a pele;

Fitoterapia: medicamentos extraídos das plantas. Fórmulas magistrais datadas de 3000 à 4000 anos.

ROSE MARY BEZERRAREDATORA DO VIVA

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