O mercado tem raríssimas ofertas para esse segmento de empresas nascentes, responsáveis pela introdução de inovações importantes no mercado. Em geral, empreendedores com projetos inovadores acabam, mesmo, se auto-financiando ou contando com a poupança de parentes e amigos.
O risco de prejuízo para o financiamento de empresas nascentes, segundo a lógica do mercado financeiro brasileiro, é considerado alto, pois, de cada dez empresas, apenas uma ou duas efetivamente amadurecem e tornam-se referência em seus mercados. Na tacanha visão financeira, elas tampouco têm garantias a oferecer, já que o maior ativo de que dispõem é genialidade de seus projetos. E os bancos não sabem como contabilizar esse valor.
Outra lógica
Mas, no caso dos fundos para empresas nascentes – instrumento muito comum nos Estados Unidos e demais países avançados - a lógica é outra. A remuneração se dá no lucro a ser obtido com as empresas que obtêm o sucesso – e que multiplicam seu patrimônio várias vezes em pouco tempo. Nesse segundo estágio, quando estão maduras, os fundos vendem suas cotas e auferem os lucros que permitirão o financiamento de novas empresas.
A novidade aqui, além de haver um fundo para empresas nascentes e inovadoras, está no fato de ter como objetivo apoiar empresas que se centram no desenvolvimento de energias limpas. Segundo o BNDES, o fundo dessas empresas terá patrimônio de no mínimo R$ 150 milhões e a participação do banco será limitada a 90% das quotas.
Esta é apenas mais uma das medidas do BNDES. Nada mais importante que a inovação no meio ambiente. E, particularmente, na área energética. Sem novas fontes de energia enfrentaremos o retrocesso ambiental do século XXI.
Zé Dirceu
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