O projeto do parque olímpico




            
1. O projeto vencedor para o Parque Olímpico-2016 foi apresentado incluindo três etapas: 2016, 2018 e 2030. Os problemas não estão no projeto em si, mas em questões que a equipe inglesa não teria porque ter informações a respeito.
            
2. A primeira é sobre a decisão do COI (comitê olímpico internacional), que escolheu o Rio como uma das sete cidades no mundo a sediar um Centro de Excelência de Preparação de Atletas com financiamento do COI. O COB indicou exatamente a área do Parque Olímpico. Com isso, o projeto 2016 viria articulado com o Centro de Excelência. Mas isso não ocorreu. Desta forma, o COB terá que identificar outra área para o Centro de Excelência.
            
3. O segundo é quanto ao adensamento urbano numa área que já virá carregada pela proximidade com Vargens e a lei aprovada ano passado -PEU-Vargens. A lei, até 2030, para usar o ano de referência do projeto, deverá agregar pelo menos 200 mil pessoas à região. A área do autódromo funcionou nesses anos todos como uma área livre esportiva, impedindo o adensamento. Agora são previstos blocos de apartamento, contrariando aquela situação.
           
4. Finalmente, o aspecto legal. A área foi cedida pelo governo federal com fins específicos. Mas a interpretação que o fim específico era o esporte e não exclusivamente o autódromo, permitiu a escolha, ainda em 2007, da área como Parque Olímpico-2016. No entanto, o uso residencial contraria totalmente a legislação existente, o que cria uma insegurança jurídica sobre a área, inibindo investimentos. Para resolver essa questão, a Câmara Municipal do Rio terá que aprovar uma lei mudando a destinação das áreas onde serão construídos prédios residenciais.  

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