O PT precisa de renovação em SP



O nosso partido precisa de renovação para enfrentar as urnas na capital na eleição do ano que vem. Dentre outras razões, até porque poderemos ter de enfrentar José Serra (PSDB). Ele mantém a indefinição quanto à disputa publicamente, mas pode ser o candidato tucano sim a prefeito de São Paulo.

Precisamos de renovação, então, para enfrentar um candidato que já disputou outras vezes a prefeitura paulistana. Eleganhou só uma vez e nesta nem cumpriu o mandato. Venceu em 2004 e renunciou um ano e quatro meses depois para disputar o posto mais alto seguinte, o de governador do Estado em 2006.

O fato é que, enquanto os petistas discutem seriamente sua inserção na disputa eleitoral paulistana do ano que vem, há ainda muita marola e pouca decisão fora do PT. Não sabemos quem serão os principais candidatos, os nomes que encabeçarão a cabeça de chapa do PT e do PSDB na sempre polarizada (entre as duas forças) eleição paulistana.

As duas principais forças, PT e PSDB, não definiram candidatos


O PSD, recém-fundado pelo prefeito da Capital, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB), parece enrolado nas filiações e não tem um nome forte para concorrer. Talvez saia com o vice-governador Guilherme Afif Domingos (ex-DEM), mas o prefeito Kassab prefere outro nome, o de seu secretário, Eduardo Jorge.

O PMDB - ou pelo menos uma parte dele - já decidiu que seu candidato será o deputado Gabriel Chalita (PMDB) - ex-PSB e ex-tucano - que pode ter apoio por baixo do pano do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Tal qual José Serra, governador em 2008, fez com o prefeito Kassab, apoiando a sua reeleição e cristianizando Alckmin, o tucano candidato a prefeito de São Paulo naquele ano, o governador Alckmin pode agora cristianizá-lo em favor de Chalita. Difícil o governador perder essa chance.

Tucanos: todos à espera de José Serra


O PDT pode vir para a disputa com o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho, e o PC do B, com o vereador Netinho. O PSB paulistano só tem uma carta nesse jogo, o nome da ex-prefeita Luiza Erundina (PSB). O DEM, que quase se acabou no Brasil todo, particularmente em São Paulo com a fundação do PSD pelo prefeito Kassab, está quieto.

Já o PP, do deputado Paulo Maluf (PP), negocia com o PMDB e com o PSDB. E os tucanos vivem drama parecido com o nome daquela peça "Esperando Godot", de Samuel Beckett: estão cotados como pré-candidatos os secretários de Estado José Aníbal (Energia), Andrea Matarazzo (Cultura) e Bruno Covas (Meio Ambiente). Todos à espera de uma definição de José Serra.

Vejam, também, aqui no blog a nota Quadro sucessório paulistano ainda está embaralhado.

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