Votar contra essa MP é manter os Correios como eles eram e, portanto, sustentar as causas de todas as irregularidades, da corrupção e de uma estrutura velha que não atende as necessidades do século XXI. Não dar divulgação à sua discussão e tentar rejeitá-la na hora de votar, é viver no passado, no atraso.
Considero a votação e aprovação, ontem, na Câmara, simbólica porque essa MP muda o modelo de gestão da empresa. Ela passa a ter o direito de criar subsidiárias, atuar no exterior, adquirir controle ou participação acionária em sociedades empresariais, explorar serviços de logística integrada e financeiros e, por exemplo, até participar ou ter uma empresa de carga aérea.
Oposição desfia seus argumentos ridículos e demagógicos
Mas, sobre o argumento ridículo e demagógico de que se trata de um primeiro passo para a privatização dos Correios, a oposição votou contra. Assim como vota contra a reforma política e administrativa que, de fato, é o que pode começar a dar um basta na corrupção.
Simbólico, portanto, também por deixar claro que todo o denuncismo da oposição, seu saudosismo de reeditar práticas da velha UDN, é para consumo político. É para tentar desgastar o governo e dividir sua base. Quando chega a hora de mudar e atacar as raízes e as causas da corrupção (como a oportunidade oferecida pela votação dessa MP), os oposicionistas omitem-se ou votam contra.
É um comportamento para consumo político, também, porque nos Estados que eles governam - São Paulo, Minas, Paraná, entre outros - e no passado, quando governaram o país por oito anos (Era FHC, de 1995 a 2002) nada fazem nem fizeram para mudar o sistema. Pelo contrário, conviveram e convivem sempre com o mesmo sistema que, de forma populista e demagógica, acusam de fisiológico e corrupto.
Zé Dirceu
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