Quanto mais brasileiros puderem se tornar consumidores, maior é a riqueza do Brasil

[...] Uma vez que não pode se pensar em desenvolvimento sem se pensar em inclusão. Essa foi a tônica do discurso da presidenta Dilma Rousseff ao participar, no início da tarde desta sexta-feira (5/8), em Salvador (BA), do lançamento do Programa Estadual de Inclusão Produtiva Vida Melhor – Oportunidade para quem mais precisa.

A presidenta afirmou que o equilíbrio econômico está diretamente vinculado à melhoria da qualidade de vida da população que, ao passar para a condição de consumidor, torna o mercado interno mais forte e dinâmico. Entretanto – frisou a presidenta – é inconcebível que se pense no desenvolvimento sem que todos os 190 milhões de habitantes tenham acesso às riquezas do país.

Nesse ponto, Dilma Rousseff lembrou dos 16,2 milhões de brasileiros que ainda vivem à margem da sociedade, abaixo da linha da extrema pobreza, e que não têm acesso a direitos básicos como luz, água, educação e cidadania. Ela reafirmou seu compromisso em buscar essas pessoas, já que é dever do Estado dar a elas "o direito a ter uma renda, a ter um ganho para poder sobreviver com decência".

"Um Brasil rico é um Brasil sem miséria (…), significa que nós vamos utilizar o que temos de mais precioso: o fato de nós não sermos um país pequeno. E não somos pequenos porque a nossa maior riqueza é a quantidade de brasileiros e brasileiras que esse país possui. Nós somos 190 milhões e não podemos aceitar ser menores do que isso."

Crise internacional - Dilma Rousseff lembrou que, em decorrência da entrada à classe média, nos últimos oito anos, de 39,5 milhões de pessoas, o mercado interno brasileiro se tornou "objeto de cobiça do mundo inteiro". No entanto, a presidenta reforçou que o governo não permitirá que produtos importados, oriundos de concorrência desleal ou de práticas fraudulentas, invadam o mercado brasileiro, colocando em risco a indústria nacional e os empregos.

Ela frisou que o país está ainda mais bem preparado para superar a crise financeira global do que estava em 2008, principalmente em função das reservas internacionais e compulsórias, de US$ 384 bilhões e US$ 420 bilhões, respectivamente. E, novamente, anunciou: "nós iremos proteger a nossa indústria".

"Nós não podemos deixar que por conta da crise venham aqui, entrem e façam uma destruição dos nossos empregos. Nós não podemos e não vamos deixar, porque é esse o nosso patrimônio (…). O tamanho desse país é o tamanho da nossa ousadia, da nossa autoestima e da nossa certeza de que esse país pode e vai ser um dos melhores lugares do mundo para se viver", afirmou. 


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