Pensando um novo Brasil

Coluna econômica


Na tarde de ontem, no auditório do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), o ex-Ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso deu início a mais um Fórum Nacional, referência anual de discussão dos grandes temas nacionais.

Na seção de abertura, Velloso propôs um desafio. Lembrou que três grandes saltos brasileiros se deram no bojo de grandes crises mundiais: a de 1929, que resultou na era Vargas, a era JK (no rastro de problemas cambiais) e a era Geisel, que se seguiu à crise do petróleo em 1973.

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Em sua opinião, a atual crise global abre uma janela de oportunidade para um novo modelo de desenvolvimento, assim como em 1929, quando a quebra da agricultura permitiu o início da industrialização. A crise destruiu o modelo agroexportador. De 1931 em diante o produto industrial voltou a crescer e de 1932 a 1939 o ritmo foi de 10% ao ano.

A crise de 1973 destruiu o modelo que havia viabilizado o "milagre", devido às vulnerabilidades estruturais, especialmente a dependência de insumos importados.  A era Geisel completou o desenho industrial nessas áreas críticas.

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A primeira parte do trabalho detalha as raízes da crise global nos países centrais: a falta de liderança política, a crise do seu modelo econômico-social, do sistema financeiro global, a falta de perspectivas de desenvolvimento e a crise fiscal. Some-se o novo papel das redes sociais, crescendo no vácuo político dos países, a dificuldade de assimilação das minorias, tudo isso gerando um quadro não apenas de estagnação imediata como de falta de perspectivas.

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A partir daí, o trabalho desenvolve propostas para novos modelos para o Brasil.

Primeiro, identifica três problemas macro: a questão política, um Estado que gasta demais e o fato de dispor de dez grandes oportunidades estratégicas e não saber como aproveitá-las.

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Para chegar a novos resultados, diz Velloso há a necessidade de uma mudança histórica no modelo de desenvolvimento, conduzida em três pernas principais: ajuste fiscal de longo prazo (e reindustrialização), investimento no PIB verde (agricultura, mineração, indústria e serviços verdes) e na economia do conhecimento.

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Finalmente, chega às dez oportunidades:

Universalização da inovação.

Transformação da economia, montando complexos industriais em torno do pré-sal.

Nova matriz energética aumentando a participação da energia elétrica e avançando em transporte público sobre trilhos.

Em paralelo com biocombustíveis, implantação do carro elétrico.

Uso da biotecnologia para desenvolver a biodiversidade brasileira.

Uso do modelo escandinavo para construir grandes complexos industriais em tornos dos setores intensivos em recursos naturais.

Novas tecnologias de combustíveis, como o etanol celulósico.

Transformação do país em terceiro ou quarto centro global de Tecnologias de Informação e Comunicações (Ticos).

Desenvolvimento da eletrônica orgânica.

Desenvolvimento das indústrias criativas (cultura, artes, entretenimento e turismo).

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Velloso sintetiza o Brasil desenvolvido como fruto de educação de qualidade, economia do conhecimento. Defende também um modelo de desenvolvimento com grande geração de empregos. E define como segredo, como "arma secreta" o espírito empresarial, acoplada a estratégias de desenvolvimento social.

Alta da inadimplência deve ser revertida

A perspectiva de inadimplência do consumidor ao longo do mês de julho caiu 0,1%, chegando a 103,4 pontos, segundo levantamento divulgado pela consultoria Serasa Experian. Esta foi a primeira queda mensal do indicador em 13 meses - ou seja, desde junho do ano passado não se verificava queda na variação mensal desta estatística. No caso das empresas, a perspectiva de inadimplência cresceu 0,8% em julho de 2011, atingindo 100,9 pontos.

Em dois anos, 61,3% das novas empresas fecham

Das 464,7 mil empresas que entraram no mercado em 2007, 353,6 mil (76,1%) haviam sobrevivido em 2008 e 285 mil (61,3%) até 2009, diz pesquisa o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Desta forma, de cada 10 empresas criadas em 2007, cerca de duas já haviam deixado o mercado no ano seguinte e cerca de 4 não existiam mais após dois anos. O quadro geral mostra que havia 4,3 milhões de empresas ativas no país.

Ajuda dos Brics à eurozona mostra mudança de forças

Diversos veículos da imprensa internacional afirmam que a possibilidade de ajuda aos países da zona do euro pelos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) mostra a força dos emergentes no cenário econômico internacional. Para o diário britânico Financial Times, o esforço "marcaria mais uma mudança simbólica no equilíbrio de forças da economia global na direção dos grandes mercados emergentes". O tema será foco de debate em encontro programado para a próxima semana, nos Estados Unidos.

Nível de atividade volta a crescer em julho, diz BC

Após recuar durante o mês de junho, o nível de atividade econômica voltou a crescer em julho deste ano, segundo o Banco Central. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) chegou a 143,59 pontos, alta de 0,46% sobre o mês anterior, quando atingiu 142,93 pontos. Por sua vez, o total acumulado nos primeiros sete meses do ano aponta um crescimento de 3,68%, pouco abaixo dos 3,74% apresentados ao longo do primeiro semestre.

Fluxo cambial em alta no mês

O fluxo cambial (saldo da entrada e saída de dólares do país) apresenta um superávit de US$ 8,120 bilhões até o dia 09 de setembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Ao longo do período, o fluxo financeiro (registro de investimentos em títulos e ações, entre outras operações) ficou positivo em US$ 3,805 bilhões, enquanto o fluxo comercial (operações de exportações e importações) apresentou um saldo de US$ 4,315 bilhões. No ano, o fluxo cambial está positivo em US$ 67,933 bilhões.

Desvalorização do real dentro do adequado

A desvalorização do real ante o dólar ocorrida nos últimos dias está "em linha com o que o governo considera adequado", segundo declarações do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, ressaltando que, mesmo com as recentes valorizações do dólar, a crise internacional continua a ser uma preocupação muito grande do governo brasileiro, que vem monitorando com atenção a situação externa, principalmente da Europa.

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E-mail: luisnassif@advivo.com.br




Um comentário:

  1. temos que fazer uma revolução no brasil,comigo no poder obviamente , com isso o povo brasileiro iria ter de volta a VALE pegando as acoes dos acionistas brasileiros,a EMBRAER,a CSN,a OI,pegando outras empresas privadas como a VIVO,GRUPO PÃO DE AÇÚCAR,TAM,GOL,BR FOODS(perdigão e sadia),burger king(foi comprado por brasileiros), Bradesco,itau,cielo,rede card,empresas do grupo EBX(do Eike Batista) entre outros,implantando uma republica parlamentarista, construção de uma nova brasília,novos aeroportos,mais ferrovias,melhores rodovias,mais portos, criação (não oficial) de um comando de caça aos criminosos(pedófilos,assassinos, políticos e empresários corruptos,estupradores etc),guerra contra os traficantes, fusão entre policia civil e militar,uma educação e saúde melhor, construção de bairros nos lugares das atuais favelas,reforma agraria,colocaria o exercito para proteger as nossas fronteira em vez de proteger as populações do Haiti e Guine-Bissau,melhores salários, criação de montadores 100% brasileira, construção de melhores cidades para o cidadão,melhores transportes públicos,mais transparência no governo,pena perpetua no brasil,reforma carcerara para assaltantes não ficarem perto de assassinos ou estupradores ou pais que não pagam pensão ficar perto de assaltantes, construção modernas prisões,leis mais duras, criação de cursos preparatórios para policiais, médicos e professores, criação do departamento da policia federal de segurança publica em todo território nacional,as delegacias teriam o nome de UPP(unidade de policia pacificadora) para pacificar não só as favelas e sim todos os bairros da pais,existiria impostos para saúde, educação,segurança publica,iluminação
    publica,saneamento básico,morte, contribuição(para pagar os salários dos políticos e o que sobrasse iria contribuir para outras coisas que necessitassem de dinheiro),energia domiciliar,casa ou apartamento e carro ou moto,as escolas publicas seriam somente federais e militares (o município não ia mais controlar nenhuma escola),os estudantes do ensino fundamental teria que ter a educação das leis,politica, ética,esportes olímpicos, educação ambiental e do transito, criação laboratório popular que poderia ser feito qualquer exame gratuitamente, farmácias para o povo para receberem remédios mais baratos ,a saúde também seria controlada somente pelo governo federal,começar a construir bombas atômicas, criação da SNI(serviço nacional do índio) para levar a eles educação, saúde, proteção e levarem suas reivindicações para brasília

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