Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff acompanhou hoje (10) a posse da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, reeleita em outubro para o segundo mandato. No plenário do Congresso Nacional, Cristina Kirchner fez o juramento constitucional e o discurso à Nação em que lembrou as palavras proferidas há quatro anos, quando assumiu a Presidência da Argentina pela primeira vez.
Na ocasião, Cristina Kirchner pediu avanços nos julgamentos das violações de direitos humanos ocorridas no país. Reeleita, renovou o apelo pela conclusão dos julgamentos para que o país possa "virar uma página tão trágica de sua história".
Na Casa Rosada, sede do governo argentina, a presidenta reeleita recebe os cumprimentos dos chefes de Estado presentes à posse, entre eles, a presidenta Dilma Rousseff.
Integração regional - O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina. Em 2010, o intercâmbio bilateral chegou a US$ 33 bilhões, sendo mais de 80% formado por bens industrializados. De janeiro a novembro de 2011, o volume do comércio cresceu 23,5% em relação ao mesmo período de 2010 e chegou a US$ 36,5 bilhões, o que já garante a 2011 o recorde da série histórica do comércio bilateral.
De acordo com o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, Brasil e Argentina devem aprofundar a integração regional para enfrentar a crise internacional que afeta os países desenvolvidos. Segundo ele, os dois países pretendem adotar medidas para aumentar a produção regional, inclusive dentro do acordo automotivo bilateral. O assunto foi discutido na reunião bilateral entre as presidentas Dilma e Cristina Kirchner em Caracas, na Venezuela.
A ideia é reverter o "processo histórico de desnacionalização" das indústrias de auto-peças, aumentar a produção de conteúdo regional e apostar na criação de um polo de exportação de peças para montadoras de outros países. Do contrário, afirmou Marco Aurélio Garcia, Brasil e Argentina ficarão "condenados a apenas montar carros".
"Nós precisamos aprofundar a nossa integração. Essa é uma das formas, inclusive, pelas quais os dois países vão enfrentar a crise internacional. O que nós não podemos admitir é que a retração dos mercados dos países desenvolvidos encontre uma solução aqui. Efetivamente, nós temos que criar medidas concretas, não de protecionismo, mas de proteção dos nossos mercados. E isso só se faz com ênfase cada vez maior numa produção local e regional."
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