por Luis NassiffAlgo me tocou fundo na morte de Daniel Piza. Frequentávamos o mesmo clube em São Paulo. Poucas vezes conversamos. Mas seu carinho com os filhos, novinhos ainda, demonstravam um sujeito sensível. A maneira como reagiu aos ataques de Mário Sabino, ignorando-o de forma superior, comprovavam ser uma pessoa voltada para o embate das ideias. Nunca fui um admirador de suas analises políticas e econômicas, mas de seu caráter e de seus comentários sobre temas culturais, sim.
Dia desses, recebi um belo email de meu amigo Ricardo Setti, blogueiro da Veja e caráter sem mancha, em uma profissão em que o oportunismo costuma ser frequente.
Os dois exemplos reforçaram minha convicção de que a melhor divisão para as pessoas não são suas convicções políticas, mas seu caráter. E o grande desafio para 2012 será criar territorios de boa vontade, onde as discussões possam ser abertas, o contraditório estimulado e toda forma de intolerância abolida.
De agora até amanhã, durante todo o dia, manterei este post no topo da página, para permitir a todos os comentaristas de boa vontade expressar o que esperam de 2012 para si, sua família e para o país.
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