Novas estruturas para enfrentar o subdesenvolvimento

Para o homem que preside o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o país ainda não tem instituições que entendam e representem o novo Brasil que se constrói com a ascensão social de milhões de brasileiros na última década

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Pochmann
"Nós podemos ser mais ousados", aconselha Marcio Pochmann, que propõe a criação de "um bom e grande banco para apoiar as micro e pequenas empresas no Brasil", reafirma a importância das políticas públicas universais na saúde e na educação, e questiona o atual modelo dos Fundos Setoriais que apoiam setores ligados à inovação.

 

Recomendo a leitura da entrevista. Velho conhecido deste blog, mais uma vez recebemos o mestre e doutor em economista para uma longa conversa. Dela resultou a Entrevista do Mês que publicamos hoje, centrada nas profundas transformações em curso no Brasil, que ainda enfrenta o subdesenvolvimento. Para Pochmann, suas principais marcas são o atraso tecnológico e a desigualdade na produtividade do trabalho em diferentes setores da atividade econômica. 

Segundo o economista, contrastando com áreas que competem em pé de igualdade com o primeiro mundo, o país possui o que o chama de "estoque de pequenos segmentos em atividades praticamente associadas à subsistência". Em sua visão, este é apenas um dos desafios colocados ao Estado brasileiro.

Também foram tratadas as estruturas do Estado brasileiro. Pochmann se pergunta: "Onde e como deve atuar mais?" Há, pelo menos, duas propostas na mesa. De um lado, oferecer serviços de boa qualidade a todos; de outro, garantir recursos para que o cidadão de classe média os compre diretamente. A discussão promete ser longa...

Zé Dirceu



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