Cadeia para opinião pública!


Guilherme Fiúza, ÉPOCA

A popularidade de Dilma Rousseff bateu novo recorde, chegando a 77% de aprovação, segundo o Ibope. 
Não dá mais para dourar a pílula. Num cenário como esse, só resta adotar a solução proposta certa vez pelo colunista Tutty Vasques: cadeia para a opinião pública.

E cadeia por vadiagem.
Os especialistas do instituto de pesquisa explicaram a principal causa do impressionante índice: a queda de ministros em série, como nunca antes na história deste país, foi entendida como uma ofensiva de Dilma contra a corrupção.
Tudo bem que a opinião pública, distraída, não tenha notado Dilma correndo atrás do próprio rabo;
Que não tenha se dado conta de que todos os esquemas podres emanavam do padrão Dilma/PT de ocupação fisiológica do Estado;
Que não tenha atinado para o fato de que o modus operandi nos Transportes, no Turismo, nos Esportes, no Trabalho e em todos os outros ninhos parasitários vinha do governo Lula – onde a “coordenadora de todos os projetos” era ela mesma, a chefe da Casa Civil: Dilma Rousseff.
Eleita presidente, o que fez Dilma? Partilhou seu governo entre esses mesmos donatários, seus velhos conhecidos.
Tudo bem que a opinião pública, muito atarefada, não tenha visto nada disso.
Curioso é que não tenha visto também figuras como Carlos Lupi, já afundadas na lama, sendo sustentadas publicamente pela dona dos 77%.
“O passado passou, gente!”, tentou encerrar Dilma, quando o caso Lupi já estava exposto em toda a sua obscenidade – inclusive com flagrante fotográfico do ministro não-governamental.
Lupi só caiu porque a Comissão de Ética da Presidência carimbou a palavra “suspeito” na sua testa. Dilma ainda tentava enquadrar a Comissão, quando surgiu a notícia de que seu protegido tivera duplo emprego público.
Nota da redação: Lupi caiu, mas a rainha da faxina jurou de morte a Comissão de Ética (da qual nunca mais se ouviu falar).
A mordaça foi providencial, porque o consultor Fernando Pimentel, por exemplo, continua tranquilo em sua vida vegetativa no ministério – sem nenhum carimbo na testa.
Nota da redação (2): quem pagou a milionária consultoria fantasma de Pimentel foi o mesmo contratante da pesquisa consagradora para Dilma.
Chega de impunidade: se a presidenta faxineira é inocente, cadeia para a opinião pública.
A alternativa é seguir a recomendação eufórica do ex-presidente petista José Eduardo Dutra, comemorando os 77% de êxito do esquema com um brado poético: “Enfia o dedo e rasga!”
Como se vê, o Brasil está em boas mãos.

2 comentários:

  1. Enquanto miquinhos amestrados do pig defendem cadeia para opinião pública que discorda totalmente com o que eles publicam, a opinião pública defende a liberdade da opinião publicada.

    O povo defende a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa. Mas, quando cobra da imprensa a responsabilidade que ela deve ter como princípio, é imediatamente acusada pelos mercenários piguistas de censura.

    No fundo esta gentinha não passam de capacho, triste.

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  2. Muito bom o artigo de Guilherme Fiúza. Ele retrata de forma sarcástica a forma como Dilma manteve a política de alianças corruptas mantidas por seu antecessor e padrinho Luiz Inácio Lula da Silva.

    Os ministros indicados por Lula já tinham ficha suja e já estavam envolvidos com diversos esquemas de corrupção. Devido a pressão da imprensa, e apesar das tentativas frustradas de Dilma de mantê-los no poder, foram substituídos.

    A Comissão de Ética ao investigar os malfeitos de ministros como Carlos Luppi do trabalho, condenando o seu comportamento e ao iniciar investigações relativas ao comportamento de Fernando Pimentel, desagradaram Dilma a tal ponto que ela manifestou sua intenção de trocar os membros da Comissão de Ética por elementos de sua confiança.

    A popularidade de Dilma se deve principalmente a dois fatores, o primeiro é a suspeição do instituto de pesquisas chefiado por um aliado político do PT, e como sabemos dados estatísticos no Brasil podem bem ser manipulados, Leonel Brizola que o diga.

    O outro fator é a cultura individualista de nosso povo que não se preocupa com o bem estar da coletividade e se satisfaz facilmente com as migalhas que caem da mesa dos poderosos, bem como a cultura do rouba mas faz, que vem de longa data e que tem se solidificado em nosso meio nos últimos nove anos.

    Não é fácil se modificar este traço cultural de nosso povo. No entanto, graças ao noticiário da imprensa, que diga-se de passagem tem sofrido tentativas de censura por parte do governo do PT e seus aliados os lacaios nazi-petralhas, aos poucos o povo tem se revoltado contra este esquema de corrupção que aí está.

    Parabéns ao Briguilino pela publicação do artigo de Guilherme Fiúza.

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