Leia o que dizem dois terapeutas sobre o assunto:
O "sim" ou o "não" varia de acordo com os conceitos religiosos, sociais e morais de cada parte da relação. "Qualquer prática só é considerada traição se fere o ‘contrato’ estabelecido com o parceiro, independentemente do que é considerado adequado para a sociedade", diz Dra. Laila Pincelli, terapeuta de casais.
O psicólogo, terapeuta sexual e analista do comportamento João Batista Pedrosa é da mesma opinião e comenta que para uma mulher muito religiosa provavelmente o sexo pelo sexo seja um enorme pecado, pois ela está controlada pelas regras determinadas pelos dogmas religiosos. Já para uma mulher liberal esta ação pode ser algo aceitável.
"Caso peguemos a palavra infiel ao pé da letra, qualquer ligação de um dos cônjuges com uma terceira pessoa, com ou sem sexo, mas que aquela pessoa estabeleça uma ligação determinada pela atração física é definido como infidelidade. Porém, como psicólogo, defendo que estes parâmetros são determinados pelos parceiros". E completa: "Só há limites quando a opinião de uma das partes põe em risco a vida dele ou do outro, podendo causar graves danos físicos e/ou emocionais."
Dra. Laila pensa que acordos como "sexo mas sem beijo na boca" ou não repetir parceiro fora da relação podem parecer estranhos para terceiros, mas o que vale mesmo é o que cada casal instituiu na sua relação. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Dr. Pedrosa acredita que práticas como mènage e swing são tipos comportamentais raros, de exceção. "Que tal o marido convidar um casal para fazer sexo com a sua mulher e ele ficar só olhando? O marido pode ficar bastante excitado com esta situação e para ele e a mulher é algo aceitável. Mas, provavelmente, para esmagadora maioria dos casais isso ‘não é normal’".
Em certos casos, praticar mènage e swing pode até melhorar a vida a dois. "Esse quadro é identificado quando a decisão é tomada em comum acordo e o objetivo é buscar novas experiências ou simplesmente apimentar a relação", diz Laila. "Às vezes, essas ações podem devolver a atração física e a excitação perdidas com o desgaste da relação", finaliza Dr. João Batista.
Por Juliana Falcão
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