Ih, Política!
por Maurício Brusadin
Com muita alegria escrevo hoje meu primeiro artigo para o Blog do Briguilino.
Nesse primeiro momento, não poderia deixar de me apresentar a vocês. Meu nome é Maurício Brusadin, sou economista com mestrado em Engenharia Urbana, e as questões políticas estiveram sempre presentes em minha vida, pois desde minha adolescência fui atraído por essa arte nobre, que alguns insistem em transformar em algo podre e chato.
Sempre quando começo a falar de política, gosto de lembrar que esta palavra foi criada pelos Gregos e, entre outras formulações, ela significa a busca da felicidade coletiva, quando juntos buscamos soluções para todos. Neste espaço, tentaremos compartilhar de que maneira nossas ações podem resgatar esse espírito de fazer e pensar a política com alegria, até porque tristeza não é sinônimo de seriedade.
Sempre me pergunto: por que uma atividade tão saborosa como a Política não atrai mais corações e mentes? Nos últimos anos, cheguei à conclusão de que nos distanciamos das coisas mais elementares e simples, por isso sempre que inicio uma palestra, eu pergunto a todos: De onde vem o Poder?
É evidente que o poder está na forma como pensamos, ela determina o que fazemos e deixamos de fazer, assim sendo, o exercício da política não está fora e sim dentro de nós. Quando eu coloco isso nos debates, surge uma pergunta lógica: O que determina o que nós pensamos?
Nossos pensamentos são frutos das informações que recebemos, das trocas de visões de mundo com outras pessoas, outras mentes, das redes de nossos entornos social e cultural, ou seja, como diria o Sociólogo Espanhol, cuja leitura recomendo, Manuel Castells, o poder vem da Comunicação.
Sendo assim, o controle da informação sempre foi importante, no exercício da política, para aqueles que desejam manter o poder, mas sempre existiu o contra poder, ou seja, aqueles que não aceitam o poder estabelecido. Nessa disputa entre poder e contra poder, velho e novo, interesses cristalizados e novas idéias, são construídas as relações de poder, e quem tem poder constrói as instituições em função de seus interesses.
Se isso é verdade, podemos afirmar, que a mudança na comunicação também muda as relações de poder e, é nesse ponto que quero chegar. Entramos numa nova era de comunicação com a Internet, o sistema de comunicação de massas está sendo substituído por um modelo de auto comunicação, deixamos de ser meros receptores de conteúdo e nos tornamos produtores de conteúdo, o espaço de contra poder foi ampliado.
A era digital já está mudando as relações de poder e, consequentemente, a política. Basta lembrarmos os últimos acontecimentos, basta um escândalo de corrupção vir à tona, para muitos se manifestarem nos sites, blogs, twitters e facebook. A presença da sociedade nas redes sociais permitiu criar uma opinião pública virtual, que é influenciada pelo que circula na Internet, mudando nossas mentes.
A esse conjunto de mudanças que a Era Digital está trazendo para Política denominamos de Política 2.0. Esta coluna irá dedicar-se a este tema: como nós, cidadãos comuns, podemos usar a rede para transformar as relações de poder. Aos que se interessarem em compreender melhor a Política 2.0, indico o livro “A Sociedade em Rede”, de Manuel Castells, e o vídeo do Youtube:
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