Senhor, fazei de mim o instrumento do golpe na Constituição para eu garantir minha reeleição.
Onde houver mutreta... que eu mostre a maleta;
Onde houver gorjeta... que seja minha teta;
Que eu não tenha dor na mão... de tanto encher o caixão;
Em cada licitação... que alguém molhe a minha mão;
E que no meu endereço, vença o meu preço;
Onde houver crachá... que não falte o jabá;
Onde houver ócio... que eu feche o negócio;
Onde houver propina... que reservem o da Veja;
Mas sem esquecer do Globo, da Folha e do Estadão;
Onde houver colarinho branco...que dobre o lucro do banco;
Onde houver esquema... cuidado com o telefonema;
E quando o sino tocar... chamem o Noblat;
Se me chamaram de mau... que venha o Merval;
E, se a proposta for chula... lembrai do medo do Lula.
Ó Mestre!
Que eu tenha poder para corromper e ser corrompido;
Porque é sonegando que se é promovido;
É mentindo que se vai subindo;
Pois enquanto o povo sofre com imposto e inflação,
o Dantas limpa o balcão, sem fazer confusão,
a base aliada entra na negociação
e a gente vai metendo a mão...
E que a pizza seja feita pela vossa vontade
enquanto a grana da publicidade
levar o povo a aceitar nossa desonestidade
como se fosse genialidade...
AMÉM !
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