Política: o que pode cair com José Serra

Primeiro Serra trouxe para a eleição de 2002 o tema do medo. Fez a propaganda com a Regina Duarte estampada na TV com medo do Lula. Depois, contra Dilma, apelou para o aborto. Agora é a vez do Kit-gay contra Haddad. O PSDB, sob a liderança de Serra deixou de ser um partido social democrata para tornar-se um partido de valores conservadores e sair da esquerda política para representar a direita social. Com isso o partido ganhou engajamento e perdeu representatividade. Agora presta o desfavor de ressuscitar temas há muito afastados da política brasileira ao tentar marginalizar no debate político minorias em prol de certo tipo de moral dominante.


Talvez o eleitor não conheça; ou talvez muitos de nós tenhamos nos esquecido do contexto, mas é preciso recuperar um dos mais importantes projetos de sociologia aplicada do século XX, a pesquisa de Theodor Adorno nos EUA sobre a “Escala F”. Entre 1940 e início de 1950, Adorno em parceria com alguns psicólogos se propõe a estabelecer uma escala sobre a personalidade de indivíduos numa sociedade liberal que têm predisposição a se sujeitar à liderança fascista. A base da pesquisa é que existia um padrão de convicções econômicas, políticas e sociais ligados a uma personalidade autoritária. Assim, o estudo chegou ao indivíduo potencialmente fascista cuja personalidade tinha predisposição a apoiar propagandas antidemocráticas.

Esse estudo começou por conta do antissemitismo. Ou seja, da intolerância no que diz respeito às opções individuais. Propagandas conservadoras baseadas no medo, no ódio, violam o principio básico da republica que é a diversidade social. Misturar religião com valores sociais em propagandas políticas já se tornou há muito tempo atitude repugnante e já foi historicamente comprovado o desfavor prestado à cidadania. Leia mais>>>

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