Um homem dominado pelas aparências


Os gostos e os atributos de JB são desconectados da chamada voz rouca das ruas
Quero conhecer melhor Joaquim Barbosa, um personagem tão importante no julgamento do Mensalão.
Leio o que encontro sobre ele. E acabo dando numa capa da Veja de 2007, no qual o tema era exatamente o Mensalão.
JB, como ele é conhecido em Brasília, era, presumivelmente, louvado pela Veja. Mas não por coisas que considero, pessoalmente, edificantes. O autor do texto, André Petry, destacou coisas como os ternos comprados por JB. Ele não os comprava, segundo a reportagem, no Brasil – mas em Los Angeles e em Paris. A loja de Los Angeles ele declina, Three Day Suit, mas a de Paris, caprichosamente, não.
O texto era cheio de elogios que a mim pareceram tolos e pedantes: as línguas que JB fala, por exemplo, ou passagens acadêmicas por lugares como a Sorbonne e a Columbia. Vinho, naturalmente, apareceu na reportagem. Bem como a erudição de JB em música clássica, expressa numa coleção de 700 cds. Ali também você ficava sabendo dos seus bairros favoritos, como Prenzlauer Berg, em Berlim, ou Montmartre, em Paris.
Nada, rigorosamente nada, conecta JB ao brasileiro médio no texto de Petry. A exceção é a dor nas costas, contra a qual ele dizia fazer de tudo, de acupuntura a pilates. “Vou curar”, disse ele. Passados sete anos, o que se viu é que esta promessa não foi cumprida.
Entendo que demonstrações de novo-riquismo cabem à perfeição em pessoas como o dono do grupo X, Eike Batista, cuja maior ambição, segundo suas próprias palavras, é ser o homem mais rico do mundo, o número 1 da lista de bilionários da Forbes. Elas são o retrato de uma alma dominada pelas aparências.
Mas num juiz? Num homem que poderia, como estava dito e irá se concretizar, virar presidente do Supremo Tribunal Federal, um posto em que a discrição é preciosa?
Francamente, não faz sentido.
Conheço o mundo das redações o suficiente para saber que aquelas informações que compõem o perfil de um clássico deslumbrado foram extraídas, inteligentemente, do entrevistador.
Mas JB é um homem vivido o suficiente para saber o valor da modéstia intransponível num juiz de sua envergadura. Declarar ao mundo que seus ternos são estrangeiros, entre tantas outras coisas, é uma demonstração infantil de vaidade que em vez de elevar diminui a imagem de Joaquim Barbosa.
Paulo Nogueira 

Um comentário:

  1. A CHAMA

    A CHAMA DO MAU tem queimado o moral da nação brasileira. As CHAMAS DO MAU se corrompe, rouba e desvia verbas sociais, mas sempre dá um jeitinho de livrar a cara do ladrão do momento. A CHAMA DO MAU ataca em todas as frentes, ataca no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, sem falar nas instâncias menores. A CHAMA DO MAU usa a mão do diabo para limpar os cofres Públicos. A CHAMA DO MAU é formada por uma grande quadrilha, compostas de bandidos de alta periculosidade, bandidos de direita, de centro e de esquerda, esporadicamente também os anarquistas participam dessa camorra. A CHAMA DO MAU não tem piedade das crianças, pois muitas vivem nas ruas, outras não vão à escola, como também tem aquelas que não têm saneamento básico nas favelas, cortiços e guetos onde se escondem. Como podemos ver a CHAMA DO MAU não perdoa ninguém, isso porque muitos pais de famílias estão desempregados por conta dos acertos entre governo e empresários, visando manter o sistema capitalista ganhando fortunas, enquanto o povo se arrasta como cobra atrás de migalhas para matar a fome. Portanto, A CHAMA DO MAU ataca a cada segundo, a fim de fazer fortunas com o dinheiro dos escravos contribuintes. Saliento, para combater a CHAMA DO MAU, basta criar a CHAMA DO BEM, é apenas uma questão de consciência política e ideológica.

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