O Palácio do Planalto vai anunciar ainda hoje a candidatura do embaixador Roberto Azevedo ao cargo de diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), na sucessão do francês Pascal Lamy. Azevedo é o atual chefe da missão do Brasil junto à OMC com sede em Genebra e um dos mais admirados diplomatas brasileiros. Sua candidatura nasceu na própria entidade, pela pressão de embaixadores de inúmeros países. Se for eleito, Roberto Azevedo será o primeiro brasileiro a ocupar o cargo, um dos mais ambicionados na diplomacia mundial, e o único representante dos Brics (Brasil, Rússia, India, China e África do Sul) a realizar essa conquista. Ele chefia a representação brasileira na OMC desde setembro de 2008, e é considerado um dos mais hábeis negociadores do órgão e tem bom relacionamento com todos os lados, dos Estados Unidos aos países em desenvolvimento. Azevedo firmou reputação, entre colegas da própria OMC, como um negociar brilhante, neutro, que sempre promove o "bom consenso". Curiosamente, a candidatura não teve origem em sua própria casa, o Ministério das Relações Exteriores, que a recebeu como uma decisão de governo, adotada pela presidenta Dilma e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento e Comércio Exterior), e agora também o chanceler Antonio Patriota. A candidatura nasce forte, com apoio dos países do Mercosul, da América Latina e de outros continentes, mas terá de enfrentar ao menos nove rivais.
por CB
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