O Partido do Crime: como funciona


Na sexta-feira (14/12), a Folha de S. Paulo e o Agora São Paulo noticiaram que o governo paulista "começou a desmontar uma central de escutas telefônicas que funcionava havia seis anos na sede do comando da Polícia Militar de Presidente Prudente".
"O grupo, formado por cerca de 40 policiais militares", disseram os repórteres Josmar Jozino, Rogério Pagnan, Afonso Benites e Daniela Lima, "foi criado em 2006 pelo então secretário da Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto. Seu principal objetivo era monitorar presos da facção criminosa PCC."
Essa central de escutas telefônicas é um dos pivôs do conflito mortal entre o PCC e a Rota, tropa de choque da PM-SP, aprende-se no livro Xeque-Mate: O tribunal do crime e os letais boinas pretas. Guerra sem fim (2012), de Josmar Jozino. Ele escreveu também Cobras e lagartos: A vida íntima e perversa nas prisões brasileiras. Quem manda e quem obedece no partido do crime (2005) e Casadas com o crime (2008).
Silêncio incompreensível
Xeque-Mate (sentença de morte, no linguajar dos criminosos) teria passado sem comentários na imprensa brasileira se o jornalista Bruno Paes Manso não o houvesse resenhado no caderno "Aliás" do Estado de S. Paulo (16/9). É um silêncio intrigante, porque o trabalho de Jozino permite enxergar com clareza o cenário em que se desenvolve a mortífera "guerra" atual, negada publicamente, ao longo de meses, pelas autoridades policiais paulistas (ver "PCC e imprensa, o enigma e o tabu").
Jozino, escreveu Paes Manso, "documenta os principais episódios que, quando editados lado a lado, revelam um quadro assustador das armadilhas criadas pelas próprias autoridades encarregadas de controlar o crime".
Trata-se da decisão de Ferreira Pinto de tirar a Polícia...
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