Embora não assuma e desconverse quando questionada, Marina Silva está criando um novo partido para disputar a eleição presidencial de 2014. Com a candura que só a cumplicidade da mídia permite, ela deixa claro que só fundará um partido porque não pode disputar a eleição sozinha.
Veja o que ela disse ao Valor Econômico:
Portanto, é um partido feito tão somente mirando, ao menos por ora, as eleições de 2014. O pior é que vai se beneficiar da decisão do Supremo Tribunal Federal que permitiu aos deputados levarem o tempo de TV e parte do Fundo Partidário para suas novas legendas, como se fossem propriedade do parlamentar, e não um direito partidário.
Esse mecanismo cria no país um mercado de compra e venda de mandatos na criação ou na fusão de partidos.
Essa decisão e outras que a Justiça Eleitoral e o STF tomaram – como a flexibilização da fidelidade partidária e a inconstitucionalidade da cláusula de desempenho (ou cláusula de barreira) – são as principais responsáveis, junto ao voto nominal e ao financiamento privado de campanhas, pelas mazelas do nosso sistema político eleitoral, para dizer o mínimo.
Zé Dirceu
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