A atividade política, mesmo agindo no imaginário, não dá conta de preencher o amplo universo da alma humana.
O aparato da religião ilustra o peso ordenador das demais instancias simbólicas na vida da sociedade.
Disputas de falanges no interior dessas corporações, como as que cercaram a renúncia de Bento XVI, não miram apenas a redivisão interna do poder.
Nem esgotam suas repercussões nos limites formais da fé.
O que se disputa hoje na Santa Sé extrapola os 44 hectares da Cidade do Vaticano.
O canibalismo em torno do 'Banco de Deus' ilumina um dos pontos de intersecção da fronteira divina com o inferno material.
Está longe de ser o único.
Prelazias como a Opus Dei mostram desembaraço em outras sinergias também.
Sua rede de instituições educacionais se especializa na formação de quadros que possam irradiar os interesses gêmeos da fé e do dinheiro na vida mundana.
A formatação de executivos encontra-se entre as prioridades.
Estima-se que 600 colégios e 17 escolas de administração e negócios estão conectados à Opus Dei em todo o mundo.
Bebem sua água benta também a Universidade de Navarra, na Espanha e a Pontifícia Universidade della Santa Croce, em Roma.
Ali são formados quadros espirituais da Opus Dei para a tarefa difusora de valores nas áreas da teologia, direito canônico, filosofia, comunicação social e institucional.
As identidades entre a prelazia fundada em 1928 por Jose Maria Escrivá (a imagem acima é dele) e o conservadorismo político e empresarial remetem aos laços estreitos do mestre com o franquismo.
Juntos, a cruz e a baioneta esgoelaram a ...
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