Pela primeira vez, a China deixou para trás os EUA e tornou-se, em 2012, a maior potência comercial do mundo. A conta foi feita com base no critério do fluxo comercial, que soma todas as exportações e importações de bens.
No ano passado, informa o Departamento de Comércio dos EUA, as exportações e importações americanas totalizaram US$ 3,82 trilhões. Segundo a agência chinesa de bens, o movimento foi de US$ 3,87 trilhões na China.
Incluindo-se os serviços na conta, o comércio total dos EUA foi à casa dos US$ 4,93 trilhões em 2012. A China não divulga informações sobre serviços, impossibilitando a comparação nesse quesito.
O feito da China surpreende ainda mais quando se recorda que a economia americana é duas vezes maior do que a chinesa. Em 2011, o PIB dos EUA somou US$ 15 trilhões. O da China ficou em US$ 7,3 trilhões.
Às vezes tem-se a impressão de que o projeto da China é a autosuficiência absoluta. Por enquanto, os chineses ainda transacionam com o resto do mundo. No futuro, o resto do mundo se tornará desnecessário para a China.
A China terá o maior parque industrial. Disporá da mão de obra mais abundante e barata. E produzirá qualquer coisa em quantidade suficiente para abastecer o maior mercado do pleneta. Que será o mercado chinês. Está rindo? Você talvez não sobreviva para testemunhar. Mas, na dúvida, avise aos netos: vem aí a China que se autobastará.
Josias de Souza
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