Ao som da flauta de Hamelin


Quando os militantes socialistas vão às ruas, são "desocupados" e "promovedores da desordem". Quando os atos são compostos pela pequena burguesia e setores conservadores, são "manifestações". O Brasil é um país de hipócritas, onde ideais não são cultivados. O que existem são os interesses próprios, as próprias paixões, os próprios vícios.

País de "Marias vai com as outras", de imbecis. Não consigo enxergar ideais; sobram discursos para o vento. É o mesmo que perguntar ao cidadão: “O que você quer?” e ouvir, como resposta “Quero mais é que tudo se foda, quero ver o circo pegar fogo”. O que ganha o país com isso, camaradas? 

Um questionamento para os papagaios: o conceito de vagabundagem vai ser modificado daqui pra frente? Será que os movimentos sindicais e trabalhistas vão passar a ser enxergados pelo valor que representam para a coletividade? Será que os papagaios de plantão, bestas alienadas, vão descer do pedestal da ignorância suprema, da prisão de suas crenças e tradições?

Será que as conquistas sociais deixarão de ser rotuladas de “assistencialismos populistas”? Esses movimentos mudarão a mentalidade de parte dos setores liberais da sociedade? Porque, caso essas ideologias fascistas persistam após os movimentos, seguirei acreditando que tudo não passou de um circo de oportunistas.

É preciso tomar cuidado com o canto das sereias. É preciso não se tornar um mero atraído pela flauta de Hamelin.

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