Dos partidos da oposição, o único que aceitou o convite da Presidenta Dilma para conversar sobre o Brasil e a reforma política foi o PSOL. Demotucanos e assemelhados declinaram. Alegam não ter sobre o que conversar. Faz sentido.
Ouvir as ruas é tudo o que o credo neoliberal entende que não deva ser feito nessa hora; em qualquer hora. A democracia para esse sistema auditivo é um ornamento. O oposto do que pensa a tradição socialista: a democracia cresce justamente quando escapa aos limites liberais e se impõe como força normativa aos mercados. Volatilidade é uma prerrogativa dos capitais, replica a visão conservadora. À política cabe a tarefa de calcificar o poder.
Editoriais de O Globo, Estadão e Veja, ademais de centuriões da mesma extração, uivam a rejeição à proposta de plebiscito, que Dilma envia ao Congresso nesta 3ª feira. O que lhes interessava obter das ruas, as ruas já deram.
O Datafolha, no calor da Paulista, sentenciou a chance de um 2º turno em 2014.
O ‘não' ao convite de Dilma encerra a solidez de uma coerência histórica. A contrapartida cabe à esquerda.
A sorte do país e o destino de sua democracia dependem, em grande parte, dos desdobramentos concretos que o diálogo simbólico entre Dilma e o PSOL tiverem na unificação da agenda progressista brasileira. Não apenas para a reforma política, mas para democratizar o crucial debate sobre o passo seguinte do desenvolvimento. LEIA MAIS AQUI
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