PHA, maycons, darf e racismo

*Paulo Henrique Amorim, um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, defensor infatigável do sistema de cotas para negros na universidade, está sendo condenado por racismo. Acusa-o um repórter da rede Globo, a quem PH destinou uma metáfora racial, cujo uso CM não abona, mas que sabidamente se referia ao caráter do jornalismo praticado. Não à pigmentação da pele. 

A condenação, descabida, guarda coerência inquietante com o momento político. Nos dias que correm,  o jornalismo associado a bicheiros e a seus capangas não apenas é tolerado pela justiça, como respaldado por autoridades federais, que sancionam seus métodos, metas e 'maycons', abraçando-se em uma esférica aliança contrária à regulação democrática dos meios de comunicação - outra bandeira incansável do diretor de Conversa Afiada -. Não apenas isso. 

A emissora por trás do processo contra Paulo Henrique, comprovadamente sonegou  R$ 615 milhões ao fisco, conforme mostrou outro blogueiro 'inconveniente', Miguel do Rosário. Continua, todavia, a se esponjar em verbas copiosas da publicidade federal. 

Em Brasília, dá-se a isso o nome de 'mídia técnica', mais ou menos o seguinte: aos que detém a corda, entrega-se o pescoço. E outras partes mais. 

O argumento 'técnico'  é  evocado por aqueles, para os quais, o papel de um governo democrático é  reiterar o status quo em busca de indulgência, não modifica-lo em benefício da pluralidade e do discernimento crítico.. 

Talvez esteja aí o erro de fundo de Paulo Henrique: a incompatibilidade do seu jornalismo com um status quo ainda iníquo, racista e cínico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário