por Luiz Carlos Azenha
Em entrevista ontem no programa Contraponto — uma iniciativa do Sindicato dos Bancários em parceria com blogueiros –, o prefeito Fernando Haddad disse que, durante as manifestações de junho, em São Paulo, o Movimento Passe Livre obteve uma vitória mais política que econômica para os trabalhadores.
Isso porque, segundo Haddad, os subsídios que vão cobrir a diferença nas tarifas — que, afinal, não foram reajustadas em 20 centavos — serão repassados em parte (50%) aos empresários que compram o Vale Transporte.
Haddad disse que desde então aceitou todas as reivindicações pela transparência sobre os custos do transporte público em São Paulo: CPI, auditoria internacional e abertura completa das planilhas.
O prefeito revelou que é prisioneiro da velha mídia: estranhou a falta de repercussão de uma proposta que apresentou, antes que as manifestações irrompessem, na Folha de S. Paulo. Ao que o blogueiro Paulo Henrique Amorim respondeu: “Ninguém lê a Folha”.
Deveria ter apresentado a proposta — de municipalização de um imposto sobre a gasolina, a Cide, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, para subsidiar o transporte público — na internet.
O petista disse que até novembro cumprirá uma das suas principais promessas de campanha, a implantação do bilhete único mensal.
Haddad se disse favorável a uma lei de mídia para promover a pluralidade e combater a propriedade cruzada, lembrando que se trata de uma reivindicação de caráter “liberal”.
Afirmou que as manifestações promoveram, sim, mudanças em seu governo — um dos desafios está em abrir novos canais de comunicação com a população.
Respondeu a perguntas de internautas — do Viomundo, perguntas dos leitores Dalva Maria, Romanelli e Alex.
No vídeo abaixo, a íntegra do programa de estreia:
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