Escrevo em repúdio a reportagem na qual o Globo afirmou que eu agia em favor de empresas na Casa Civil. Jamais atuei na defesa de interesses privados quando era ministro.
A conclusão da reportagem se baseia numa interpretação pouco defensável de dois ofícios assinados por mim, encaminhando para áreas competentes demandas apresentadas por empresas privadas.
Agi dentro das atribuições legais que tinha quando chefiava a Casa Civil, sem interferir no andamento de nenhum dos dois pedidos apresentados ao governo. A única atitude que tomei foi a de enviar as demandas para os setores responsáveis por avaliá-los, sem recomendar sua aprovação ou desaprovação.
A simples leitura dos ofícios demonstra isso. Como pode atestar qualquer leitor, os dois textos apenas resumem o teor das demandas e pedem que elas sejam analisadas.
Ao longo do período em que estive na Casa Civil, recebi centenas, talvez milhares, de pedidos semelhantes, repassando-os sempre para as áreas competentes. Mais do que uma atitude natural, era uma obrigação funcional.
A conclusão apresentada pela reportagem do Globo e o momento de sua publicação sugerem a intenção de interferir no julgamento da ação penal 470.
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