O PSB saiu do governo Dilma com o discurso de liderar um novo projeto político, tendo à frente Eduardo Campos, pré-candidato da sigla à presidência. Entretanto, as alianças e novas filiações apontam na direção de um projeto político antigo e superado. Ao buscar um distanciamento da aliança histórica petista, se aproxima principalmente do PSDB em estados de grande densidade eleitoral, como São Paulo e Minas Gerais, e ainda traz para o seu campo nomes conhecidos da direita nacional, como Paulo Bornhausen, secretário do Desenvolvimento de Santa Catarina. "Fazemos um apelo aos socialistas sérios do PSB para que reflitam sobre o rumo que o partido está tomando", disse o deputado Raul Pont.
A coerência política, inclusive, está sendo motivo de várias desfiliações do PSB nos últimos dias. Os irmãos Ciro e Cid Gomes, e a maioria dos integrantes do governo de Ceará, promoveram uma desfiliação em massa da sigla e classificam Campos como "oportunista". "Eu acho que ele está em uma aventura pessoal, vai afundar o PSB nisso, mas é problema dele", disse Ciro Gomes no último dia 1º. O grupo liderado pelo governador Cid Gomes é favorável ao apoio à reeleição da presidenta Dilma Rousseff.
Da mesma forma, o PSB no Espírito Santo e Amapá reafirmaram seus compromissos com o projeto nacional liderado por Dilma e o conjunto dos partidos que lhe dão sustentação. Isso expressa o isolamento de Eduardo Campos no interior de seu próprio partido.
Além de Bornhausen (SC) e Heráclito Fortes (DEM-PI), das figuras mais reacionárias e antiesquerda do país, revela que o projeto Eduardo Campos é muito mais de fortalecimento e unidade com a direita tucana (MG e SP) do que um caminho próprio e alternativo ao governo Dilma. "Esperamos que grande parte dos socialistas gaúchos não embarquem nessa aventura", disse Pont.
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