Exigem que o Tribunal Superior Eleitoral considere como válidas assinaturas rejeitadas pelos cartórios eleitorais. Caso contrário a dama do mogno não poderá concorrer às eleições no ano que vem como dona da Rede Sustentabilidade. Como alguém que não consegue cumprir em prazo hábil as exigências para organizar um partido político pretende governar o Brasil? Embora nada impeça que encontre outro que abrigue a sua candidatura.
Marina Silva até hoje foi um desastre público e notório. Como senadora não não teve nenhum projeto transformado em lei que fosse benéfico ao Brasil e aos brasileiros. No Ministério do Meio Ambiente foi uma agente das ONGs e não servidora pública. Durante todo o período no qual esteve a frente da pasta manteve defesa intransigente dos interesses contrários à soberania nacional. Novas usinas de energia, aberturas de rodovias, instalação de ferrovias e portos, tudo foi postergado ou vetado por ela e seus indicados. Nada que revertesse em aumento da produção era visto com bons olhos. As licenças ambientais, até mesmo para obras públicas, não eram liberadas. Atrasou ou impediu tudo que o pôde. Fez tão bem o serviço que se transformou numa heroína dos estrangeiros, como o WWF, o Greenpeace e a família real britânica.
Há três anos não se ocupa de outra coisa que não seja a sua nova candidatura para a presidência da república. Após décadas no PT transferiu-se para o Partido Verde a tempo de disputar em 2010. Depois da derrota, mesmo novata no PV, tentou um golpe para assumir o controle da legenda, como não foi bem sucedida o abandonou em julho de 2011.
Depois da sua saída vagou por mais de um ano e meio até a fundação da Rede Sustentabilidade, o que ocorreu em fevereiro deste ano. Vinte meses para organizar o novo. Diferente de tudo que já tínhamos visto antes na política brasileira. Um partido acima dos demais. Uma ética diferenciada. Uma lufada de ar fresco no embolorado quadro partidário brasileiro. Sem os vícios e defeitos dos seus adversários. Etéreo como a sua líder.
Após esta verdadeira gestação de elefante, enfim veio à luz a Rede. Porém para se registrar um novo partido são necessárias 492.000 assinaturas de apoio de eleitores cadastrados. Exigência que aparentemente seria cumprida com folga. Mera formalidade, tendo em vista que a Marina no mundo virtual é uma das campeãs nacionais com milhões de simpatizantes e apoiadores. Porém a nova política marineira tropeçou onde deveria mostrar a que veio.
A desorganizada Marina e os seus partidários encaminharam 660.000 assinaturas para conferência em 10 de agosto, menos de 60 dias do encerramento do prazo para que um novo partido estivesse apto para as próximas eleições. Como mais de duzentas mil foram rejeitadas, muitas por duplicidade ou falsificação, o número mínimo não foi atingido. Impossibilitando legalmente que esse novo partido seja criado. Passaram-se apenas 36 dias úteis desde a entrega e faltam quatro para expirar a data limite, impedindo a correção das irregularidades. Essa "nova forma" de fazer política não teve capacidade para prever que problemas poderiam ocorrer e agora não admite que errou. Temos aqui no mínimo absoluta falta de competência, para não dizer má-fé. Pretende repassar a responsabilidade por suas próprias falhas para o tribunal. Exige que o TSE efetue o registro. Que a lei eleitoral seja rasgada, que as exigências não sejam cumpridas e assim Marina Silva possa disputar pela Rede a presidência da república.
No DNA da nova política está a pior característica da velha: moldar as leis aos interesses pessoais dos políticos. Nada de novo sob o sol...
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