São muitas as razões pelas quais eu sempre inseri o fantástico em meus filmes: a primeira é que eu creio profundamente em um mundo não paralelo, mas onipresente: somos cegos em relação ao mundo em que vivemos, que é quase fantástico. Não gosto de empregar certas palavras como “espírito”, “deus”, porque acho que as realidades às quais elas se referem são intraduzíveis em palavras. Sempre fico embaraçado quando se trata de empregar essas palavras, mas é verdade que eu tenho esse lado e em todos os meus filmes, se não há um elemento fantástico, há pelo menos um elemento enigmático, como se a gente nunca pudesse estar seguro de nada, e que, fundamentalmente, nunca soubesse o que é realidade.
Por Jean-Claude Brisseau.
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