O Natal chegou. Cada vez mais cedo, o natal chega e com ele um pânico de comprar presentes para todos da família e para todos os amigos. E em cada círculo social de que você participa surge o fantasma: o amigo secreto.
Há os que, do mesmo modo que eu, fogem dos amigos secretos.
Há os que os propõem.
Minha dica é: evite-os.
Normalmente, são limitados por valores financeiros (máximo de tantos ou quantos reais). E um presente não se mede por seu valor e sim por seu significado.
Como normalmente as pessoas em amigos secretos não se conhecem direito, acabam dando presentes sem significado para seus presenteados e recebendo um de igual sentido de seus presenteadores.
É o que acontece mesmo quando as listas de participantes incluem o presente que cada um quer ganhar - e vamos convir que uma das magias e prazeres de presentear é descobrir o que você deve dar àquela pessoa; talvez algo que a pessoa nem sabia que queria; essas listas tiram o encanto de tudo -.
há apenas duas modalidades de amigos secreto, no entanto, que aprovo.
1) recentemente eu participava do natal de uma família que, para economizar, fazia o amigo secreto. assim, em vez de dar um presente para cada membro da família, cada um dava um presente e também recebia um. e como, em família, as pessoas se conhecem melhor (nem sempre) acabava funcionando.
O problema é que se você entrar em mais de um amigo secreto, você acabará dando algo que a outra pessoa não quer nem precisa de verdade e recebendo outro similar.
2) No grupo de teatro de que participo, a proposta é escolher um item que você já tenha e presentear ao seu amigo secreto.
isso acaba revalorando os objetos que você já possui, faz você se livrar de um objeto e dar um presente significativo para a outra pessoa. naturalmente, deve haver um porquê de você ter escolhido esse presente. De quebra, ao avaliar as coisas que você já tem, talvez descubra algumas que não precisam mais estar ali.
O "Espírito de Natal"
Eu poderia entrar naquele discurso piegas de que o verdadeiro espírito de natal é outro que não o de dar presentes.
Mas minhas razões são meramente práticas. Menos presentes, menos dívidas.
Menos dívidas, mais felicidade.
Mais felicidade, mais sentimentos positivos e tempo produtivo durante o ano inteiro para compartilhar com todos.
Esses dois sim, entre outros, verdadeiros presentes para aquelas pessoas realmente importantes que convivem conosco.
Se, depois de ler esse texto, você acha que eu não sou uma pessoa que gosta de dar presentes...
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