Bem mais que os 12% que são obrigados os Estados, cota que Aécio Neves, quando governador, só conseguiu fechar colocando na conta os gastos da companhia de saneamento mineira, a Copasa.
O governo propôs um aumento de R$ 64 bilhões, enquanto os tucanos diziam querer R$ 128 bi.
Aventuro-me a propor uma saída ao PSDB.
Que tal restabelecer a CPMF cuja prorrogação foi derrubada no Senado, depois de aprovada na Câmara, em 2007. Derrubada graças aos tucanos. Até Pedro Simon, que votava contra Lula até em eleição de miss, fez-lhes um apelo para não tirar estes recursos da Saúde. Quem duvidar, que assista…
Vamos conversar, Aécio…
Que tal uma CPMF bos moldes que propôs Lula, naquela ocasião, com isenção para os mais pobres?
Digamos, cobrada apenas de quem movimenta mais de R$ 5 mil por mês, com isenção até esse valor e uma aliquota de 0,4%,
Quem movimentasse até R$ 10 mil mensais, só pagaria isso pelo valor acima de R$ 5 mil. Portanto, 0,2%, ou apenas R$ 20.
Mas podemos fazer melhor: Estes R$ 20 mensais de CPMF seriam dedutíveis do Imposto de Renda. Até R$ 240 por ano, dedutíveis do Imposto de Renda a pagar. Portanto, imposto real só para quem movimenta mais de R$ 10 mil mensais e, assim mesmo, só sobre o valor que exceder a isso…
Que tal. o tucanato topa?
Ah, não topa…Vai elevar o "Custo Brasil", vai aumentar a maligna carga tributária, não é?
Cobrar das empresas, dos que fazem negócios de alto valor iria acabar sendo pago pelos pobres, porque os preços iriam subir?
Mas quando a CPMF acabou, em janeiro de 2008, a inflação caiu?
Que nada, foi maior em janeiro de 2008, sem CPMF, do que em janeiro de 2007. E em fevereiro, e em março também, para que não se diga que os custos da CPMF permaneciam presentes na matéria prima e nos produtos…
Como na saúde, como na frase atribuída ao papa do neoliberalismo, Milton Friedman, também não existe almoço grátis, é preciso apontar a fonte dos recursos que se vai destinar à saúde.
Senão, Senador, é só demagogia de quem sabe que não será governo e se importa mais com o "marquetismo" eleitoral do que com a realidade.
E que não tem vergonha de ter apoiado a CPMF com Fernando Henrique e, depois dele, achar que ela é uma monstruosidade.
Por: Fernando Brito
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