O movimento não tem um "dono".
A ideia é que ele seja replicado espontaneamente em diversos Estados, ganhar adesões e chamar atenção para as violações que vêm sendo cometidas – por exemplo, a manutenção do regime fechado para os condenados a regime semiaberto.
O evento foi no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, no centro da cidade.
Darby Igayara, presidente da CUT-RJ, lembrou que o Brasil está passando por mudanças nos últimos anos e relacionou esse cenário às prisões dos petistas. "Se alguém viveu o período da ditadura, deve perceber ou ter percebido que lá estavam Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Tivemos governos militares foi uma luta árdua, e lá estavam Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Tivemos a fundação do PT e da CUT, e lá estavam Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. E assim tem sido a história."
"Com a chegada dos governos de direita que massacraram a sociedade e nessa frente de batalha, eu me lembro bem, lá estavam Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Não poderia ser diferente, no momento em que este país está avançando quando nós temos que reafirmar a democracia, eles não poderiam deixar livres, soltos nas ruas, no partido, nos movimentos, Zé Dirceu, Delúbio Soares e José Genoino. Por isso estão lá, porque se estivessem aqui fora seria muito ruim para a essa direita", acrescentou.
"Desmascaramento da AP 470"
O deputado federal Edson Santos (PT-RJ) fez um dos principais pronunciamentos: "A situação desses companheiros se transforma em uma referência – uma utopia – para todos nós, no sentido não só de solidariedade, que é fundamental neste momento, mas de desmascaramento da AP 470. Eu tenho certeza que o olhar dos historiadores daqui alguns anos será 'isso foi um absurdo', mas não podemos esperar apenas o julgamento da história. Nós estamos em uma disputa política".
O parlamentar acrescentou que Dirceu, Genoino e Delúbio vêm sendo punidos por ter sido responsáveis pela construção do PT e por ter arquitetado a caminhada que culminou com a eleição de Lula e com a eleição de Dilma. "Estão sendo punidos porque as elites neste país não nos suportam. E eles personificam para as elites todo o ódio que eles têm ao PT e a todos os que constroem esse movimento virtuoso do nosso país onde o povo, dentro de todas as limitações deste governo, é tratado com respeito, e a questão social é uma referência estruturante do nosso governo".
Batalha política
Joaquim Pinero, membro da direção do MST, disse que "essa é uma das batalhas políticas mais importantes que a esquerda brasileira tem vivido nos últimos anos. E se não analisarmos com essa clareza e esse entendimento, correremos o risco de ver as longas e duras conquistas que o povo brasileiro teve, que a democracia teve, durante esse período recente, recuarem".
Presos pelos acertos que fizeram
Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, afirmou que "temos hoje uma elite preconceituosa que não aceitou as transformações que nós estamos vivendo hoje. Muita gente nesse país ainda não se deu conta das transformações do nosso PT e do Governo Lula e do Governo Dilma".
"Damos continuidade ao movimento de solidariedade aos nossos companheiros que estão presos, mas em função de todo o nosso partido e tudo o que foi construído durante os governos Lula e Dilma. Eles estão presos não pelo que erraram, mas presos por terem acertado, pelo que tem sido feito por esse país, por esse povo. É isso o que eles querem combater e querem acabar", acrescentou Fernanda Carísio, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio.
A luta continua
Filha de Dirceu, Joana Saragoça também esteve no evento: "Eu vim aqui para agradecer a todos vocês que estão lutando com a gente para provar a inocência do meu pai e dos companheiros presos injustamente. Atos como este dão forças não apenas para nós, mas para eles também. Saber que tem gente que acredita neles e está disposto a parar sua rotina para lutar e para provar a inocência de José Dirceu, Delúbio, Genoino e João Paulo é de extrema importância para nós".
"A AP 470 é cercada de vários absurdos, a prisão foi só o mais recente. Peço a vocês para continuar a luta, para que o regime semiaberto seja colocado em prático e para que todos saibam que não houve nenhum crime, que José Dirceu, Genoino, Delúbio e João Paulo são inocentes", acrescentou Joana.
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