Cientificamente, é de comprovada riqueza a composição do alho, que compreende vitaminas (A e C), potássio, fósforo, selênio, aminoácidos e enxofre, incluindo 75 diferentes compostos sulfurados. O alho pode inibir diretamente o metabolismo da célula cancerosa, prevenir a ativação e a reprodução das mesmas e fortalecer o sistema imunológico do paciente, aumentando a atividade dos leucócitos.
Apesar de alguns alimentos, como as carnes processadas, conterem nitritos que se transformam em nitrosaminas, e que podem desencadear mudanças cancerosas nas células, através de sua ligação ao ADN, estudos sugerem que o consumo regular do alho pode promover uma redução dos níveis de nitritos, através de substâncias capazes de bloquear os sítios de ligação para as nitrosaminas no ADN. Além de conter propriedades antibacterianas, que constituem um eficaz mecanismo contra o câncer de estômago, há indícios de que o alho é capaz de aumentar os níveis de glutationa S-transferase, uma enzima que auxilia o fígado no processamento de substâncias tóxicas que são agentes cancerígenos, como nitrosaminas e aflatoxinas.
Pesquisas recentes indicam que o alho envelhecido pode ser usado como imunoterápico no combate a alguns tipos de câncer, e que sua utilização como suporte nutricional, durante tratamentos químico e radioterápico para pacientes com câncer de cabeça ou pescoço, é capaz de reduzir efeitos colaterais como anorexia, fatiga e cardiocidade.
Cada dente de alho apresenta cerca de três gramas, e seu efeito protetor pode ser garantido através de uma dose semanal de dezoito gramas de alho fresco ou moderadamente cozido. Cortá-lo em finas fatias permite que sua área de contato com o ar seja expandida, o que potencializa a ativação da alicina, substância protetora contida no alho. Consumido sob a forma de extrato, pó ou óleo, mantém preservadas suas propriedades anticancerígenas. Quanto aos suplementos em cápsulas, sugere-se dar preferência aos de alho envelhecido.
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