Ato em defesa do mandato de João Paulo Cunha e contra a farsa do mensalao

O lançamento da revista "A Verdade, Nada Mais que a Verdade sobre a AP 470" em Osasco (SP), na noite desta quinta-feira, transformou-se num ato em defesa do mandato do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP).

O evento organizado pelo PT de Osasco também ficou marcado por ressaltar a necessidade de mobilização para desmascarar os erros e violações do chamado julgamento do mensalão.

Partiu de deputados do PT a iniciativa de conclamar o partido a defender a preservação do mandato de João Paulo. O plenário da Câmara vai decidir se cassa ou não o parlamentar.

"Vamos enfrentar essa discussão no plenário para combater qualquer tentativa de cassação de seu mandato", afirmou o deputado Carlos Zaratini.

"Nós vamos defender seu mandato como deputado na Câmara. Onde você estiver, vai levar um pedaço de nós junto com você", disse o também deputado federal José Mentor (PT-SP).

O deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP), também presente no encontro, sugeriu que toda a bancada do PT pudesse se ausentar da votação, em protesto contra o pedido de cassação. Mas os militantes presentes sugeriram que toda a bancada vote em massa contra a cassação. Devanir ficou de levar essa sugestão para discutir com os demais parlamentares.

Mobilização

Os participantes do encontro também cobraram que o PT e seus militantes façam a defesa dos réus petistas e reajam ao discurso da grande imprensa e da direita.

"Eu tenho certeza de que vocês [militância] vão ajudar a gente a ultrapassar isso. E se alguém pensa que o Zé Dirceu vai morrer, o Genoino vai parar, o Delubio vai parar ou eu vou parar, pode tirar o cavalo da chuva. Porque a luta continua", afirmou João Paulo.

"[O STF] é um tribunal que tem uma proposta política, que é quebrar o nosso projeto, a nossa moral, a espinha dorsal do campo popular democrático. Esta reunião tem que ser uma reunião de mobilização, de política. É preciso organizar o PT para a gente ir à rua e debater essa questão", disse Zarattini.

Misa Boito, dirigente do PT paulista, lembrou que "muita gente deveria estar aqui [no ato] e não está". Para ela, João Paulo, José Dirceu, José Genoino e Delubio Soares são apenas "as primeiras vítimas" do cerco feito pela direita.

"É inadmissível que não esteja todo o nosso partido na rua, lutando por nossos companheiros. Hoje o João Paulo está aqui, mas amanhã ele estará na cadeia. Nós vamos aceitar isso?", perguntou Misa.

"Solidariedade é ir para a rua, é estar aqui, é fazer o enfrentamento que precisamos fazer. Não é ficar só nos gabinetes", cobrou Pedro Henrichs,  coordenador da Trincheira da Resistência, acampamento em frente ao Supremo Tribunal Federal em protesto contra os abusos e violações da AP 470.

Joana Saragoça, filha de Dirceu, também esteve no evento. "Mesmo preso, ele [Dirceu] está lutando como pode. Mas é aqui fora que a gente tem que fazer a mobilização, para provar a inocência de nossos companheiros."

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