Onde está o novo? Pergunto:

Porque, o caduco está entre aspas abaixo.
É o espaço onde o autor diz tudo, que não significa nada.

Wanderley enxerga o novo em um conjunto de atores recentes, "menos abrangentes que as classes, corporações profissionais e cristalizados grupos de interesse, que proliferam como "pequenas coletividades de exígua tolerância e com exigentes critérios de pertencimento".

Wanderley denomina esses movimentos de "micróbios", pelo pequeno tamanho e por não terem um denominador comum. Isso. Entram nesse universo desde partidos nanicos como PSTU e PSOL, grupos nanicos reivindicando direitos, ou só comemorando a própria existência, avessos a partidos, sindicatos e corporações de ofício. Isso!

Incorpora os conceitos sobre a fragmentação do poder desenvolvidos por Moyses Nain, que chama a esses grupos de "micropoderes". A posição de Nain é que a proliferação desses grupos não cria uma nova hegemonia mas dilui as formas tradicionais de poder, criando problemas institucionais.

Wanderley ainda os trata como erupções de curto prazo de curta duração. E julga que influirão nas eleições, que "também são fenômenos de curto prazo". Por isso mesmo: "Os democratas deveriam voltar às ruas para conquistá-las". Viva!

A explosão dos "micróbios" ou "micropoderes" provocou uma diluição na estrutura de poder, no arcabouço institucional das democracias representativas. Ou se criam novos modelos, capazes de canalizar essa explosão de demandas, dotando o país de uma nova institucionalidade, ou se viverá sob a ótica da instabilidade política permanente.

Em breve, o mestre ampliará sua visão do fenômeno. Quando isso ocorrer, ajudará a iluminar as discussões sobre o novo.

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