Especuladores tentam tirar proveito da eleição e interferir no resultado

A maior parte dos analistas da nossa mídia conservadora finge que não vê. O tal do mercado finge que não faz. Mas ela está aí: a especulação financeira corre solta e pega carona nas eleições para ganhar mais força. Não é nem a gente – a equipe que faz este blog enquanto o ex-ministro José Dirceu não pode fazê-lo – que está denunciando. O Valor Econômico estampa na manchete hoje: “Mercado entra na fase da especulação eleitoral”.
Nos últimos meses, os nossos analistas – que muitas vezes representam o mercado de forma nada transparente – vêm pregando o discurso de que o suposto intervencionismo do governo tem levado a quedas das ações de estatais, entre elas a Petrobras e a Eletrobras. Dizem que a culpa é do governo, coro repetido por toda a mídia conservadora.
Não levam em conta – nem mesmo consideram – a hipótese de especulação. Não levam em conta que a tal propalada vulnerabilidade do Brasil é também especulação. Para baratear os nossos ativos e depois levá-los a preço de banana.
E pior: é uma especulação que também tenta interferir no resultado das eleições. A reportagem do Valor de hoje conta que o mercado financeiro viveu nos dois últimos dias tremenda especulação financeira motivada pelos boatos de que a pesquisa Ibope divulgada ontem traria queda das intenções de voto da presidenta Dilma Rousseff.
Esses boatos levaram à alta das ações do banco do Brasil, da Petrobras e da Eletrobras. Porque os especuladores não gostam do que consideram “intervencionismo” do governo. Estariam mais contentes com a vitória de outro candidato. “Intervencionismo” esse que nada mais é do que o governo atuando, o governo fazendo o papel que lhe é devido. Mas os especuladores não querem regras, não querem freios, querem mandar e desmandar no país.
“O movimento da bolsa indica que está aberta a temporada de maior variação nos índices do mercado, típica dos meses que antecedem eleições”, afirma o Valor
Os boatos – quem será que os soltou? – sobre a pesquisa Ibope não se confirmaram. Dilma seria reeleita hoje no primeiro turno, o que demonstra um absoluto descompasso entre o que o povo sente e o que os especuladores, com a ajuda de parte da mídia, pregam e tentam transformar em realidade.
Equipe do Blog do Zé

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