Velhos do Restelo não impedem crescimento da economia

O prezado leitor e e a esperta leitora, se fossem empresários, estariam, a esta altura, receosos de apostar numa conjuntura de crescimento?
Afinal, os jornais e os sites de internet são verdadeiros teatros de desgraças sobre a economia brasileira.
Certo?
Errado.
A Bolsa abriu, de novo, em alta.
O dólar, outra vez, em baixa.
Leves, é verdade, mas numa sequência contínua.
Hoje saiu mais um índice positivo: a Pesquisa Mensal da Indústria, realizada pelo HSBC para a consultoria Internacional Markit,  registrou o quarto mês seguido de alta.
Modesta, é verdade, mas contínua: nos últimos 120 dias manteve-se ligeiramente acima (50,6) do índice de 50 que divide a expansão da contração econômica.
Fazer previsões inflacionárias em meio aos efeitos de uma imensa seca, que já se abrandou, é um rematada tolice.
Como a Folha gosta de rematadas tolices, publica hoje que a inflação será de 6,72% (isso mesmo, com precisão de centésimos de ponto percentual!) em setembro.
É o tipo do “jornalismo de economia” que só serve para aparar a grama.
A situação da economia está  longe de ser uma maravilha.
Mas mais longe ainda de ser desastrosa.
Isso não teria nenhum problema, entraria na conta da subliteratura de ficção, se não abalasse a confiança dos pequenos agentes econômicos.
Porque a dos grandes anda muito boa, garantidos por uma política de juros que o terrorismo inflacionário vai impondo ao país.

Fernando Brito

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