Testamos o Moto E, novo smartphone básico da Motorola

A Motorola decidiu voltar a investir no mercado de celulares básicos. Depois de acertar a mão no Moto G, que virou o smartphone mais vendido da história da empresa, ela chega agora ao mercado com o Moto E. O Olhar Digital teve a oportunidade de testá-lo no evento de anúncio em São Paulo.
É fácil perceber que houve, sim, uma redução de qualidade em relação ao Moto G. Quando pegamos o “G” pela primeira vez, sentimos que não se tratava de um celular “barato”, no sentido de construção; o “E” já passa mais essa impressão, por ser menor, mais gordinho, pesado. O fato de não haver uma câmera frontal atrapalha aparelho neste sentido.
Isso não quer dizer que ele seja ruim de segurar, no entanto. Pelo contrário; pelo preço que o celular é oferecido, a partir de R$ 529, ele consegue ser bem mais agradável do que a média do mercado. Com suas capinhas removíveis e disponíveis em múltiplas cores, oferece a possibilidade de personalização. Cada capinha destas tem um acabamento de plástico, mas que se assemelha a uma textura emborrachada que torna o toque agradável.
Reprodução
Entrando em detalhes sobre seus pontos fracos, o Moto E não tem a câmera frontal. Isso significa que fazer videoconferências ou até mesmo (por que não?) selfies, se tornam tarefas muito mais complexas. A câmera traseira tem qualidade apenas aceitável, mas é uma grande perda o fato de não possuir flash. Assim, o celular não é adequado para fotos em ambiente com iluminação ruim. O ponto positivo da câmera é que ela é capaz de entrar em modo “burst”, que tira várias fotos em sequência, embora haja uma demora um pouco grande entre uma imagem e outra.
O recurso de TV digital, disponível na versão mais cara (R$ 599), funcionou muito bem nos nossos testes, mas depende de um pequeno plug esquisito que deve ser conectado na entrada de fones de ouvido. Ele funciona muito bem como antena, mas é realmente estranho visualmente. O aparelho também tem Rádio FM, que funciona de forma correta. Os recursos devem agradar quem está voltando para casa na hora da novela ou do futebol, para quem quer ouvir as notícias no trânsito, ou escutar músicas sem depender de internet.
Reprodução
Alguns recursos extras também favorecem o Moto E, que tem apenas 4 GB de armazenamento interno, mas possui slot para cartão microSD de até 32 GB, algo que fez muita falta no Moto G (que recebeu uma versão com espaço para cartão só agora).
O Moto E tem capacidade para dois chips, o que sempre ajuda a economizar com celular. Além disso, oferece recurso que identifica a operadora do contato para quem o usuário está ligando e pode se ajustar automaticamente a fim de reduzir custos com chamadas.
No fim das contas, o novo celular da Motorola parece ser uma boa opção para quem procura algo na casa dos R$ 500, com uma experiência melhor do que a maioria dos Androids desta faixa. No entanto, se houver a possibilidade de investir um pouco mais em um aparelho, o Moto G continua sendo mais recomendável.

Nenhum comentário:

Postar um comentário