Eu sou brasileiro, com muito amor, com muito orgulho

AUTOR: Francy Lisboa

Foram horas, foram dias, foram semanas, foram meses, e são anos. O tempo dedicado à desinformação precisa de algum retorno para mostrar que chutar o pau da barraca, e assumir posicionamento partidário, não foi em vão.

A Copa do Mundo começou hoje com a vitória suada da nossa seleção dentro do estado que é a trincheira mais forte da Oposição.

É verdade que nos últimos dias que antecederam o início da competição houve um claro contraponto ao chamado complexo vira-latas que por vezes foi chamado de pensamento coxinha.

A inundação na internet da contra desinformação, com dados e mais dados mostrando e esclarecendo os mitos que engrossam o caldo do ódio ao Governo, acabou criando um fenômeno interessante. Os que sempre estavam, e estão, dispostos a falar mal do Brasil recuaram para não serem tomados pela pecha de vira-latas. Isso ficou claro pela diminuição de posts denigrindo o Brasil com informações falsas dias antes da Copa do Mundo.

Pois bem, esse brasileiro não é tão burro quanto parece e se esforça. Ele sabe que fez papel de idiota ao postar e regurgitar informação padrão Veja de jornalismo. Vários e vários memes na internet ironizando o pensamento coxinha levaram a um movimento de recuo estratégico por parte desses brasileiros, pois ninguém gosta de ser ridicularizado, ainda mais quando sabe que deu razão.

Mas como podemos perceber o quanto uma campanha de contra desinformação foi de fato bem assimilada? Apenas a redução do pensamento coxinha não seria suficiente. Esses brasileiros, mesmo diminuindo suas postagens, foram contra argumentados e acabaram vestindo internamente a carapuça do viralatismo. Esse grupo precisava de uma oportunidade para tentar mostrar que não é anti Brasil.

AO final do jogo foi possível mensurar o quanto a contra argumentação coxinha surtiu efeito, pois na avidez de se livrarem da pecha de vira-latas um jingle está se tornando o novo hino coxinha: "Eu sou brasileiro com muito orgulho com muito amor".

Nós sabemos que esse brasileiro com muito orgulho com muito amor já se mostrou incapaz de se alegrar com gente saindo da miséria, ou mesmo tendo mais oportunidades de estudo e de trabalho. Esse jingle vem desde as jornadas de Junho de 2013 e foi também recentemente entoado pela reedição da Marcha da Família com Cristo e Deus Pela Família, que pedia entre outras coisas o fim da "escalada comunista" (pausa para respirar fundo).

Não é de se admirar que no Estado mais rico e conservador da nação tenhamos ouvido a presidente do Brasil ser xingada logo após o término do certame, e também logo após mais uma sequencia de "Eu sou brasileiro com muito orgulho com muito amor". Ali estava sim quem pode comprar ingressos caros da Copa, a classe média Cristã, que tem ao lado do Diabo, Lula, Dilma e o PT como os maiores inimigos da sua fé.

O desrespeito pela presidente no estádio pode até gerar um fato animador para a oposição, que com certeza irá explorar ao máximo toda a vez que tal fato ocorrer. Isso é legítimo quando na ausência de debates. O problema é que tem que combinar com os "russos", no caso, a maioria da população brasileira, que não foi a Copa, mas está espalhada pelo país e ainda muito disposta a votar no inimigo mor do "brasileiro com muito orgulho com muito amor".

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