O PSDB é mesmo um partido da República Velha.
Não é senão o Partido Republicano Paulista, meu deus!
A escolha de Aloysio Nunes Ferreira soma, literalmente, só uma coisa à candidatura de Aécio.
O que ela já tinha: São Paulo.
Ou seja, acrescenta zero, ou perto disso.
Michel Temer é paulista, mas é o PMDB, ou parte dele.
Nunes Ferreira é apenas uma declaração de servidão ao tucanato paulista. Tucanato paulista, aliás, vem a ser quase um pleonasmo.
É uma declaração de amor às oligarquias locais, que de alguma forma, desde a eleição de Lula, têm de ser compor com uma política nacional de desenvolvimento, uma visão de Nação que supera a simples convivência federativa de poderes e grupos dominantes locais, embora não hesite em se aliar a eles pelo projeto nacional que sustenta.
E, dentre todas, nada mais resistente, renitente e insolente que a oligarquia paulista, para quem a ideia de um país desenvolvido de forma equilibrada e inclusiva é a inaceitável proclamação de igualdade entre os brasileiros.
Certo que, assim como um sinal de submissão mental de Aécio – para quem, em tese, seria muito mais vantajoso eleitoralmente ter um candidato nordestino ou mesmo uma mulher, como Ellen Gracie -, esta opção marca certo temor de não "emplacar São Paulo", embora a dupla Skaf -Kassab coloque uma cunha no conservadorismo bandeirante.
Quando Serra escolheu Índio da Costa o fez porque, afinal, Serra era São Paulo, e São Paulo não precisava de nada mais.
Agora, quando escolhe Aloysio, é o nada que vai buscar São Paulo, porque precisa, desesperadamente, dele.
Fernando Brito - Aécio, a política "café com leite" acabou faz tempo
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