Os piores conselhos que podemos dar

Dizem os "especialistas" que são estes abaixo:

“Pare de ser pessimista, pense positivo!”
Apenas pensar positivo não soluciona os problemas. O jornalista britânico Oliver Burckeman, autor do Manual Antiautoajuda (Ed. Paralela), defendeu em entrevista ao Delas que o pessimismo pode salvar uma situação e até controlar as decepções já que equilibra as expectativas. Além disso, não é agradável ouvir sobre o próprio pessimismo em um momento de tristeza. Caso use a expressão “pense positivo”, procure apontar situações favoráveis para provar que nem tudo está perdido.
“Várias cabeças pensam melhor do que uma”
Dois é mais do que um somente na matemática, garante o coach Nasc. No ambiente profissional, colocar duas pessoas que não rendem trabalhando juntas pode ser desastroso. O conselho pode ser ainda pior se aplicado na vida pessoal já que, em grupo, muitos depositam confiança no consenso e não consideram as opiniões individuais, que são as mais importantes. 
“Nunca desista dos seus sonhos. Você vai chega lá!”
Muitos abandonam a racionalidade na hora de aconselhar alguém. Prometer ao outro que todos os sonhos serão realizados é uma armadilha. Se a amiga falhou ao tentar conquistar algo, ela precisa avaliar as reais chances de conseguir antes de tentar de novo. Às vezes, o caminho é investir em outras metas e buscar a felicidade por outros caminhos.
“O aconselhado precisa saber qual é a realidade para ele chegar lá. Uma melhor ajuda é sugerir os passos que ela deve seguir para melhorar o futuro”, defende Nasc.
“Não se preocupe tudo dá certo no final”
A frase tem um tom acolhedor, mas pode provocar gerar uma possível decepção. Muitos usam esse conselho quando não sabem o que falar para o outro. Para Alessandra, antes de despertar esperanças no aconselhado, assuma que considera a situação delicada e que não sabe o que fazer.
"O tempo cura tudo"
“Um caminho é pedir um tempo para refletir melhor sobre o problema. Isso irá mostrar que você terá algum cuidado ao colocar a sua opinião”. E por fim, não tenha vergonha de falar que não se sente confortável para aconselhar. 
Usar esse conselho significa considerar que todas as pessoas lidam com o tempo da mesma forma. E pode ainda prejudicar uma ação mais rápida para resolver o problema ao promover a ideia de que um fator externo – o tempo – guarda todas as respostas e soluções. Muitas vezes, segundo especialistas, a saída está na transformação interna do indivíduo.
“Chore e coloque a raiva para fora”
Os sentimentos negativos não escorrem com as lágrimas. Ao extravasar a tristeza e a raiva, a pessoa ativa uma rede de emoções e ações agressivas e não conquista a calma. Gritar, chorar e explodir pode até trazer uma leveza momentânea, mas Nasc garante que a prática só fortalece seus impulsos agressivos. Um copo com água e um respiração profunda valem mais do que este conselho.
“Continue pedindo aumento para o chefe”
O ambiente profissional pode ser um perigo para o funcionário vulnerável. Alessandra explica que é comum ouvir orientações equivocadas na hora de lidar com a chefia.
“É até irresponsável dizer tal coisa sem considerar todos os lados dessa história e porque ele ainda não conseguiu o esperado aumento”. Como o trabalho é um local competitivo, é preciso ter atenção para não ser manipulado. 
“Sempre se faça de difícil”
O amor é um dos assuntos que mais sofre com os conselhos-clichês em busca de um relacionamento duradouro. Abandonar antigos hábitos e “manuais do namoro perfeito” pode resultar em uma interação mais original e sincera com um novo pretendente, diminuindo as chances de decepção. 
“Busque um novo amor para curar uma desilusão”
Um clássico conselho que o pode levar a um novo desastre amoroso. Depositar as frustrações e esperanças no novo pretendente poderá sentenciar a relação ao fim. Para os especialistas, a melhor ajuda nos casos desilusão amorosa é indicar ao amigo programas atraentes que não exijam um companheiro amoroso. 

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