Sérgio Cabral Filho, o campeão absoluto de rejeição, precisava de uma saída honrosa pra entregar a toalha e recolher-se a uma fortaleza eletrificada, onde se refugiaram seus "compadres" Eike Batista e Fernando Cavendish.
Cabral já saiu do governo no início do ano por que não conseguia mais botar o pé na rua. E queria tirar o seu Pezão mandado da sarjeta do ostracismo.
Até acreditou na memória fraca da plebe ignara, mas depois viu que ele fez tantas poucas e boas que não havia uma criança que não quisesse vê-lo pelas costas. Principalmente aqueles, como o adolescente de Manguinhos, a quem destratou e humilhou, ma frente do Lula, como se tivesse o rei na barriga.
Precisava também tirar a máscara sobre seu retorno ao ninho tucano depois da morte de Marcello Alencar, de quem se serviu do bom e do melhor, e depois traiu, no final do seu governo, quando viu que não ia ter nenhum dividendo com a privatização da CEDAE, que acabou abortada, como também abortou a privatização do Maracanã naquela época.
Não o move nessa manobra de formal adesão ao "Aezão", nada senão o olho gordo. Existe é uma baita articulação sistêmica, digamos assim, para evitar que Dilma Rousseff faça um segundo governo, agora mais calejada, já sabendo que tem bala na agulha para avançar. A turma da pesada, sejam as empresas sugadoras das tetas públicas, sejam os políticos padrão Eduardo Cunha, que existem aos borbotões, faz qualquer maracutaia para derrotar à teimosa que, explicitamente, deu um chega pra lá nos malfeitos dos próprios correligionários e aliados.
Cabralzinho ficou órfão de pai e mãe com a debacle dos dois empresários "irmãozinhos" e isso teve implicações também com suas conexões junto aos salões da corte, onde meia dúzia de empreiteiros têm acesso instantâneo aos palácios e singram em águas mansas e próprias para a pesca.
Há uma insatisfação explícita da quadrilha que privatizou o Erário diante das exigências saneadoras da Dilma. Ela não pode ouvir falar em obras superfaturadas ou tráfico de influência que, comprovadas, manda investigar, doa em quem doer, para o desespero dos autores das emendas parlamentares e dos governadores que fazem a festa com tais subterfúgios legislativos. Não era assim que a banda tocava antes. E se continuar por mais um governo, os paraísos fiscais vão começar a se queixar da falta de freguês.
Mas no Estado do Rio o PSDB ficou mau das pernas desde quando Marcello Alencar perdeu a mobilidade e foi transformado numa figura decorativa de um partido em que ele era o único elo com a alma fluminense. O tucanato aqui se reduz a exatos dois gatos pingados, que ainda tiveram a insanidade de inviabilizar a carreira de uma vereadora guerreira, mas de opinião própria, que se decepcionou e voltou para casa.
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