No encerramento de sua exposição na Confederação Nacional da Industria, Dilma Rousseff deu uma breve demonstração dos seus atributos de executiva, "gerentona", "mãe do PAC", Presidenta e estadista.
Teve a vantagem de os antecessores na tribuna serem abismalmente despreparados: o aecioporto, que talvez venha a ser "cristianizado" pelo Cerra; e o Dudu, que deixou o "unzinho" da Bláblá atropelar a "nova política".
Ela voltou a mencionar a política de compras governamentais, que regula, principalmente, as encomendas da Petrobras: 60% tem que ter conteúdo nacional.
E deu uma canelada nos que dizem que isso é "protecionismo".
Ela citou a política do Estado americano do "buy American".
Não estou falando do "Estado Mínimo", não, ela disse.
"Estou falando de Estado Eficiente".
Explicou que a National Security Agency tem debaixo dela 39 mil empresas para produzir tecnologia.
39 mil !!!
Mais do que o BNDES, Urubóloga !
A NSA começou com uma política militar, de Defesa e se tornou, progressivamente, sob seu guarda-chuva, um centro propulsor de tecnologia de informação.
(Ela quer uma banda larga igual à da Coreia do Sul. Os portugueses da BrOi, os espanhóis da Telefônica e o Slim vão ter que rebolar …)
É o que o Governo brasileiro passou a fazer: passou a montar uma forte indústria de Defesa, que se torna, simultaneamente, um canteiro de germinação de tecnologia de ponta.
Leia aqui e aqui sobre indústria de Defesa que o Brasil monta, à sombra da Defesa do pré-sal (que o Cerra e os tucanos queriam entregar à Chevron.)
(Imagine, amigo navegante, quando o Brasil, brevemente, se tornar um dos cinco produtores mundiais de submarinos a propulsão nuclear…)
Depois ela enfrentou o pessimismo.
Esse, que no "debate" – foi um massacre – na Fel-lha ela comparou àquele pessimismo do camarote do Itaúúú e que se arrebentou porque prometeu o fracasso da Copa.
Ela lembrou que o Brasil enfrentou essa gigantesca crise econômica internacional com fundamentos sólidos.
Com uma taxa de juros que é a mais baixa da Historia do Brasil !
A mais baixa !
E tomou medidas que não prejudicaram o trabalhador.
(Como disse o Lula do FHC e do Arrocho Never: segurar a inflação com destruição de emprego é mole )
Enquanto os países "ricos", nessa crise, destruíram 60 milhões de postos de trabalho, o Brasil empregou 11 milhões de trabalhadores – clique aqui para ler "com o aluguel e desemprego em baixa, ainda querem ganhar a eleição".
Aí, ela deu um show.
Ela ouviu falar ali das maravilhas do gás de xisto, o shale gás americano que, segundo uns merválicos adrianos vai dar aos Estados Unidos uma capacidade competitiva irresistível.
(E quem sabe, dizem os adrianicos, tornar o pré-sal um elefante branco…)
Explicou ela.
Os Estados Unidos proíbem a exportação de shale gás e de petróleo bruto.
O preço interno do shale gas NÃO é o preço internacional.
Aqui, os "pessimistas"da industria do açúcar e do álcool querem que ela pratique o preço internacional.
Tudo parelho com o preço do petróleo BRENT.
Pra que possam nadar de braçada – e o consumidor que se li-xe !
Ah, é ?
E por que os Estados Unidos não fazem isso ?
Porque são uns otários ?
(A Presidenta é um pouco mais elegante que o ansioso blogueiro e não usou essas palavras mais toscas …)
Nos Estados Unidos, eles cobram US$ 4 por um milhão de BTUs.
Na Ucrânia, o preço é US$ 13, por milhão de BTUS.
Porque os Estados Unidos são a Economia mais protegida do mundo !!! – na opinião deste ansioso blogueiro.
E na hora em que a "verdade do mercado", os preços do mercado se aplicarem ao shale gas ?
Vai ser essa maravilha das maravilhas ?
Aí, ela se virou para o Jorge Gerdau Johannpeter, que estava na primeira fila, e desejou que ele, nas indústrias que tem nos Estados Unidos, pudesse comprar shale gás a US$ 4 …
Ele respondeu que compra a Us$ 3,80 …
Ela respondeu: então tá, vamos comparar o que for comparável …
Ou seja: Binho Ometto, vá ser pessimista na Ucrânia !
Em tempo – pergunta ao Arrocho Neves o que é BTU. Ele vai achar que um sub-produto da Johnny Walker.
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