A economia deve funcionar como instrumento de indução do investimento, do comércio internacional e da diminuição das desigualdades entre países e não em favor de redução do ritmo de crescimento global. Por isso, é indispensável e urgente retomar o dinamismo da economia global, afirmou nesta quarta-feira (24) a presidenta Dilma Rousseff ao abrir a 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.
Ela acrescentou que é fundamental, também, pôr fim ao descompasso entre a crescente importância dos países em desenvolvimento na economia mundial e sua insuficiente participação nos processos decisórios das instituições financeiras internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird). "É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições", afirmou a presidenta.
Dilma alertou que, com a demora, estas instituições correm o risco de perder sua legitimidade e eficiência. Dilma conclamou ainda as nações a assumirem um compromisso em prol do comércio internacional, com programa de trabalho para conclusão da Rodada de Doha.
Ainda com relação ao comércio internacional, a presidenta Dilma disse que o Brasil abrigou, "com grande satisfação", a VI Cúpula dos Brics.
"Recebemos os líderes da China, da Índia, da Rússia e da África do Sul num encontro fraterno, proveitoso que aponta para importantes perspectivas para o futuro. Assinamos os acordos de constituição do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas", lembrou.
Segundo ela, o banco atenderá às necessidades de financiamento de infraestrutura dos Brics e dos países em desenvolvimento. O Arranjo Contingente de Reservas protegerá os países de volatilidades financeiras. Cada instrumento terá aporte de US$ 100 bilhões, disse a presidenta brasileira.
"É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições [FMI e Bird]", disse Dilma na abertura do Debate Geral da Assembleia da ONU. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
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